Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

segunda-feira, 9 de março de 2015

Pelo fim da revista vexatória

Segunda, 9 de março de 2015
No ar há 1 dia em Direitos Humanos
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Rodrigo Arnaiz
Cozinheiro
Pelo fim da revista vexatória
Amanhã, terça-feira dia 10/03, a Alerj votará o projeto de lei que põe fim à revista íntima manual nas visitas dos presos no estado do Rio. Mas o deputado Flávio Bolsonaro está tentando evitar que ele seja aprovado.

Chamado de revista vexatória, o tratamento que o projeto quer proibir é extremamente humilhante, brutal e violento: o agente pode exigir que roupas sejam tiradas e órgãos genitais manipulados e revistados, mesmo sabendo que existem métodos alternativos eficazes para prevenir a humilhação de pessoas inocentes. Em alguns casos a pessoa pode ser obrigada a se abaixar sem roupa, abrir a vágina e as nádegas, e até ficar de quatro. E quem vive essa violência, na grande maioria, são mulheres.

Na última quinta, dia 05, o projeto de lei que proíbe a revista vexatória entrou em pauta mas teve que ser retirado da votação por uma manobra do deputado Flávio Bolsonaro, que não quer sua aprovação. Se não pressionarmos os deputados, Bolsonaro poderá ganhar mais uma vez. Não podemos permitir que milhares de mães, avós, esposas, filhas e parentes que formam as filas de visita nos presídios do Rio continuem vivendo com a violência diária da revista vexatória!

Existem métodos muito mais eficazes de controle de entrada de objetos ilícitos em presídios, como a revista mecânica ou a revista do preso, não da família. Detectores de metais, por exemplo, são usados em agências bancárias e até mesmo no acesso ao parlamento.

A chamada revista vexatória é desumana, e já foi abolida em outros estados brasileiros. Agora, temos pouquíssimo tempo para mostrar aos deputados do Rio que não toleraremos mais esse tipo de abuso e violência contra os cidadãos cariocas e fluminenses. Juntos, vamos enviar milhares de emails e fazer milhares de ligações pedindo o fim da revista vexatória. Afinal, se Bolsonaro vai continuar pressionando de um lado, temos que começar a pressionar do outro.

Fontes:
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