Sábado
passado (30/4) houve uma tal Cavalgada da Solidariedade na Zona (sem
trocadilhos) Rural do Gama.
O governador Rollemberg não só
compareceu ao evento, mas também participou da Cavalgada montado num cavalo
selado, com todos os arreios que um cavaleiro tem direito, e que os cavalos não
merecem, porque sofrem.
Dizem que não teve dificuldade em
manejar as rédeas e fazer com que o cavalo, que se encontrava com ferro (brida) na
boca, atendesse aos seus comandos e marchasse junto aos outros. As
boas línguas dizem que ele foi um bom cavaleiro. As más, que ele estava meio
desengonçado em cima do animal.
Mas devemos reconhecer, talvez,
que ele monte melhor um cavalo do que a um governo.
O alazão GDF passou encilhado e
ele, nas eleições de 2014, não perdeu o pulo. Tuf! Pegou o bicho, montou na
sela e pretendeu sair em disparada.
Em janeiro de 2015, ao assumir de
fato e de direito o belo ‘Cavalo—GDF’, revelou um certo desengonçar, demorando
em achar as rédeas desse animal bravo. Ao conseguir colocar as mão nas rédeas,
tremeu. Sem mãos seguras a lhe dar o rumo, o bicho saiu em disparada, sem
direção. Tropica aqui, escorrega acolá, se esfrega na cerca e passa por baixo
de galhos de árvores na tentativa de se ver livre do montador. Não consegue sacrificá-lo,
mas o coloca de joelhos.
O Cavalo—GDF, que já vinha
estropiado pelas perversidades dos jóqueis anteriores, por fim, ao ser montado
pelo cavaleiro de 2015, escorrega, e acaba se espatifando no chão. E fica
com as pernas quebradas. Veterinários desconfiam que também quebrou o pescoço,
ficou com o rabo torcido, o espinhaço rachado, os olhos furados. Imprestável
para prestar serviços à população do DF.
Mas quem sabe, se algum hospital veterinário
possa ainda salvar o animal? Dizem que sim. Mas se os cavaleiros continuarem a
maltratá-lo como vêm fazendo por seguidos anos, acho que o bicho vai acabar
morrendo ou cometendo o suicídio.
Eis a ‘obra’ dos sucessivos
jóqueis do ‘alazão GDF’.
A montaria é boa. Ruins são os
cavaleiros. Vale aqui lembrar que houve um desses cavaleiros que só não roubou o relinchar do bicho.