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(Millôr Fernandes)

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Fraude em programa habitacional: PF leva ex-secretário Magela para depor

Quinta, 2 de junho de 2016
Reprodução/Facebook
Do Portal Metrópoles
Por Mirele Pinheiro 
Polícia Federal faz operação no Riacho Fundo II contra fraudes em programa habitacional. Objetivo é investigar como funciona uma organização criminosa suspeita de interferir e cobrar taxas para a concessão de lotes, envolvendo associações, servidores e construtoras

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (2/6) a Operação Clã, com o objetivo de esclarecer como funciona uma organização criminosa suspeita de interferir e cobrar taxas para a concessão de lotes do Programa Habitacional Riacho Fundo II – 4ª Etapa. No total, são cumpridos 14 mandados de busca e apreensão além de três conduções coercitivas (em que a pessoa é levada para depor). O ex-secretário de Habitação do DF e ex-deputado federal Geraldo Magela (PT) foi conduzido pelos agentes para prestar depoimento. O petista também foi candidato a governador do GDF.

Os policiais investigam a participação de servidores públicos, membros de associações e empresários do ramo da construção civil em condutas que podem configurar a prática dos crimes de corrupção passiva, advocacia administrativa e lavagem de dinheiro.
Rafaela Felicciano/MetrópolesRafaela Felicciano/Metrópoles
Agentes da PF chegam à sede da corporação com material apreendido na operação

Durante a investigação realizada pela Delegacia de Inquéritos Especiais da PF (Deleinque), em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU), foram colhidos indícios da existência de grupo criminoso atuando na implementação do Programa Habitacional Riacho Fundo II – 4ª Etapa. O projeto é uma parceria entre a União, Distrito Federal e sociedade civil organizada, destinado à concessão de lotes a famílias necessitadas.

O programa previa que no terreno da União, com área total de 1.330.460 m², os lotes seriam cedidos gratuitamente a famílias carentes que preenchessem os requisitos. Os interessados deveriam ser selecionados, segundo critérios objetivos, por associações sem fins lucrativos e posteriormente habilitados pela Secretaria de Habitação, Regularização e Desenvolvimento Urbano do Distrito Federal (Sedhab).
As suspeitas recaem sobre integrantes dessas associações, responsáveis pela seleção das famílias que receberiam os terrenos, que estariam manipulando a escolha dos beneficiários, cobrando valores, condicionando o recebimento de terreno à contratação de determinadas construtoras ligadas ao grupo para a realização das obras, tudo com a aparente conivência da direção da Sedhab à época.

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Comentário do Gama Livre: Rolos no programa habitacional no Riacho Fundo II já foram manchete de jornal e de proposta de fiscalização e controle  pela Câmara do Deputados (a federal).

Picaretagem no Riacho Fundo 2 com o Minha Casa, Minha Vida

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