Quinta, 2 de junho de 2016
Do Portal Metrópoles
Por Mirele Pinheiro
Polícia Federal faz operação no Riacho Fundo II contra fraudes em
programa habitacional. Objetivo é investigar como funciona uma
organização criminosa suspeita de interferir e cobrar taxas para a
concessão de lotes, envolvendo associações, servidores e construtoras
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (2/6) a Operação Clã, com o objetivo de esclarecer como funciona uma organização criminosa suspeita de interferir e cobrar taxas para a concessão de lotes
do Programa Habitacional Riacho Fundo II – 4ª Etapa. No total, são
cumpridos 14 mandados de busca e apreensão além de três conduções
coercitivas (em que a pessoa é levada para depor). O ex-secretário de
Habitação do DF e ex-deputado federal Geraldo Magela (PT) foi
conduzido pelos agentes para prestar depoimento. O petista também foi
candidato a governador do GDF.
Os policiais investigam a participação de servidores públicos,
membros de associações e empresários do ramo da construção civil em
condutas que podem configurar a prática dos crimes de corrupção passiva,
advocacia administrativa e lavagem de dinheiro.
Durante a investigação realizada pela Delegacia de Inquéritos
Especiais da PF (Deleinque), em conjunto com a Controladoria-Geral da
União (CGU), foram colhidos indícios da existência de grupo criminoso
atuando na implementação do Programa Habitacional Riacho Fundo II – 4ª
Etapa. O projeto é uma parceria entre a União, Distrito Federal e
sociedade civil organizada, destinado à concessão de lotes a famílias
necessitadas.
O programa previa que no terreno da União, com área total de 1.330.460 m², os lotes seriam cedidos gratuitamente a famílias carentes que preenchessem os requisitos. Os interessados deveriam ser selecionados, segundo critérios objetivos, por associações sem fins lucrativos e posteriormente habilitados pela Secretaria de Habitação, Regularização e Desenvolvimento Urbano do Distrito Federal (Sedhab).
As suspeitas recaem sobre integrantes dessas associações,
responsáveis pela seleção das famílias que receberiam os terrenos,
que estariam manipulando a escolha dos beneficiários, cobrando valores,
condicionando o recebimento de terreno à contratação de determinadas
construtoras ligadas ao grupo para a realização das obras, tudo com a
aparente conivência da direção da Sedhab à época.
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Comentário do Gama Livre: Rolos no programa habitacional no Riacho Fundo II já foram manchete de jornal e de proposta de fiscalização e controle pela Câmara do Deputados (a federal).
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Comentário do Gama Livre: Rolos no programa habitacional no Riacho Fundo II já foram manchete de jornal e de proposta de fiscalização e controle pela Câmara do Deputados (a federal).