Quinta, 9 de junho de 2016
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Iolando Lourenço - Repórter da Agência Brasil
O ex-senador Gim Argello, preso no dia 12 de
abril, na 28ª fase da Operação Lava Jato da Polícia Federal, encaminhou
hoje (9) carta ao presidente nacional do PTB, ex-deputado Roberto
Jefferson , renunciando à presidência da legenda no Distrito Federal e
também pedindo sua desfiliação do partido.
Na carta, Argello
informa que está se retirando da vida pública, “a fim de cuidar da minha
vida particular, da minha família, saúde e até mesmo da minha defesa
judicial”. O ex-senador estava filiado ao PTB desde março de 2005.
No
documento, Gim Argello afirma que está se retirando da vida pública por
terem tentado envolver seu nome em situações que não existiram. “Diante
da atual situação que o país atravessa, por diversas vezes tentaram
macular meu nome, e nada conseguiram, mas dessa vez chegaram ao extremo,
criando e envolvendo-me em uma situação que jamais existiu, e tudo o
que procurarão, não sei o que, nada encontrarão, tornando-se assim uma
situação de total indignação para mim e minha família, uma vez que não
existe base jurídica e factual para minha prisão, bem como a manutenção
da mesma”, diz trecho da carta.
Ex-líder do governo no primeiro mandato da presidenta afastada Dilma Rousseff, Gim Argello foi preso preventivamente pela Polícia Federal. Ele é acusado de receber R$ 5,3 milhões em propinas para impedir investigações sobre o cartel de empreiteiras da Petrobras.
Ex-líder do governo no primeiro mandato da presidenta afastada Dilma Rousseff, Gim Argello foi preso preventivamente pela Polícia Federal. Ele é acusado de receber R$ 5,3 milhões em propinas para impedir investigações sobre o cartel de empreiteiras da Petrobras.
O ex-senador é suspeito de ter
utilizado uma igreja para lavagem de dinheiro de corrupção. Argello é
acusado dos crimes de corrupção ativa e passiva, obstrução às
investigações, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Gim
Argello, que tentou a reeleição em 2014, havia assumido o Senado na vaga
deixada pelo ex-governador do DF e ex-senador Joaquim Roriz , que
renunciou ao mandato para fugir de um processo de cassação, agradeceu a
Jefferson a oportunidade de ter comandado o PTB do Distrito Federal e
afirmou que exerceu a função com “zelo e dedicação”.
Argello
disse ainda que, nos exercícios dos mandatos de deputado distrital e de
senador, atuou com dignidade. “Desempenhei os mesmos [mandatos] dentro
da maior lisura e dignidade, procurando exercê-los pelo povo e para o
povo”.