Terça, 7 de junho de 2016
Yara Aquino – Repórter da Agência Brasil
          
O
 ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, evitou hoje (7) comentar a
 informação divulgada pelo jornal O Globo sobre o pedido de prisão de 
lideranças do PMDB feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo 
Janot, ao Supremo Tribunal Federal. O PMDB é o partido do presidente 
interino, Michel Temer. O pedido de prisão teria sido encaminhado há 
pelo menos uma semana.
Ao
 ser questionado por jornalistas sobre o tema, após reunião de avaliação
 das Olimpíadas, Padilha respondeu que hoje é um dia de falar sobre 
avaliação de Olimpíadas e só quem poderia falar sobre as notícias do 
pedido de prisão seria Rodrigo Janot. “Só quem pode responder é o doutor
 Janot. Ele é que sabe porque fez, o quê fez, o que ele escreveu, o que 
pediu. Eu não sei nada, absolutamente nada”, disse.
Matéria publicada hoje (7) no jornal O Globo afirma que o procurador-geral da República pediu ao Supremo Tribunal Federal
 a prisão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMSB-AL), do 
ex-senador e ex-presidente da República, José Sarney (PMDB-AP), do 
senador Romero Jucá (PMDB-RR) e do presidente afastado da Câmara, 
Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
Os pedidos de prisão estariam com o 
ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, relator da Lava 
Jato, há pelo menos uma semana, e teriam sido motivados pela suspeita de
 que eles estariam obstruindo as investigações da operação.
Em entrevista à Agência Brasil, na manhã de hoje, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay,
 que é advogado de Romero Jucá e José Sarney, disse que ainda não tomou 
conhecimento do pedido de prisão de seus clientes feito ao ministro 
Teori. Kakay disse acreditar que, se houve pedido, o STF não vai 
determinar uma medida tão “drástica”.
“Daquilo que eu vi que foi causado, não existe sequer "en passant"
 qualquer tentativa de obstrução de Justiça de interferência na Lava 
Jato. É um momento delicado, se tiver um pedido, eu prefiro não 
acreditar que tenha, tenho confiança que o Supremo Tribunal Federal não 
vai determinar uma medida tão drástica em razão das gravações que foram 
expostas. Mas eu prefiro esperar”, disse o advogado.
 
 
 
