Terça, 8 de novembro de 2016
Daniel Isaia - Correspondente da Agência Brasil
O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto foi indiciado
criminalmente pela Polícia Federal (PF) de Curitiba por corrupção e
associação criminosa, no âmbito da Operação Lava Jato. Também são alvos
do inquérito mais cinco pessoas, incluindo o lobista Mario Góes e dois
ex-executivos da Petrobras, Pedro Barusco e Renato Duque.
O
indiciamento foi motivado por investigações que envolvem a empresa
Carioca Engenharia, que teria pago propinas para garantir contratos em
obras com a Petrobras. A PF afirma que Vaccari atuou como intermediário
do PT para exigir e receber vantagem indevida da Carioca.
O inquérito foi recebido pela 13ª Vara Federal de Curitiba e está registrado sob sigilo no sistema processual eletrônico.
Vaccari
já foi condenado em três ações penais a 31 anos de prisão por corrupção
passiva e lavagem de dinheiro. Ele foi preso no dia 15 de abril do ano
passado, quando foi deflagrada a 12ª fase da Lava Jato.
Defesa
O
advogado Luiz Flávio Borges D’Urso, que defende João Vaccari Neto,
disse, em nota, que “o indiciamento se deu com base em delação premiada
de sócios da Carioca Engenharia. Mais uma vez, reitera-se que não
procedem as acusações contra o Sr. João Vaccari e que delação premiada
não é prova, sendo que tais provas inexistem, pois o alegado não é
verdadeiro”.
A empresa Carioca Engenharia afirmou, por meio da assessoria, que não vai se manifestar sobre o assunto.