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(Millôr Fernandes)

quinta-feira, 5 de julho de 2018

Nelson Marquezelli (PTB/SP) é alvo de busca da PF; fraudes no Ministério do Trabalho

Quarta, 5 de julho de 2018
Por Débora Brito - Repórter da Agência Brasil 

Agentes da Polícia Federal estão, desde as 6h de hoje (5),  no Anexo 4 da Câmara dos Deputados, onde cumprem mandados de busca e apreensão no gabinete do deputado Nelson Marquezelli  (PTB-SP).

O parlamentar é um dos investigados na terceira fase da Operação Registro Espúrio, deflagrada nesta quinta-feira para aprofundar as investigações sobre a atuação de uma organização criminosa que concede registros sindicais de forma fraudulenta no Ministério do Trabalho. 

O deputado acompanha pessoalmente a operação. À imprensa, afirmou que não tem nada a temer e acha natural o trabalho da PF.

O deputado Nelson Marquezelli aguarda enquanto agentes da Polícia Federal realizam buscas em seu gabinete na Câmara dos Deputados. 
O deputado Nelson Marquezelli aguarda enquanto agentes da Polícia Federal realizam buscas em seu gabinete na Câmara dos Deputados. - Marcelo Camargo/Agência Brasil

"A investigação é natural. O Ministério do Trabalho hoje pertence ao PTB. A minha atuação no marco regulatório do transporte e na área do transporte tem muito sindicatos, e eu tenho um assessor que se relaciona com eles, é natural que se faça investigação na área de sindicatos dos caminhões. Ainda mais que nesta semana eu aprovei a anistia para os caminhoneiros que foram multados, então o trabalho é natural. Mas, nada a temer. Eu trabalho aqui há 28 anos, sou ficha limpa", afirmou. 

Marquezelli  acredita que a ação contra ele foi motivada pelo fato de ser relator do projeto que anistia as multas aplicadas às transportadoras durante a greve dos caminhoneiros.

"A informação que a delegada [da PF] deu para nós é que serão investigados todos os deputados do PTB, todos do PDT e do Solidariedade que, nos últimos dez anos, foram os três partidos que tiveram na sua mão a direção do Ministério do Trabalho" 

Questionado sobre o envolvimento de um de seus assessores parlamentares , Marquezelli disse que confia no funcionário, com quem trabalha há mais dez anos.

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