Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

domingo, 15 de setembro de 2019

A volta da CPMF e o "descompromisso" do capitão

Domingo, 15 de setembro de 2019
Por
Helio Fernandes*

Bolsonaro fala muito em "compromisso de campanha". Mas só vale quando interessa a ele. Assim que foi eleito e empossado, começaram a falar na volta da repudiada CPMF. Foi taxativo, como sempre, antes de se desmentir: "Nenhuma possibilidade, somos contra, é compromisso de campanha".

Rodrigo Maia também não deixou dúvidas: "Não passa a CPMF ou coisa parecida". (Só que o presidente da Câmara, inesperadamente está indo contra o vento. Foi o último a criticar o filho de Bolsonaro, e ainda colocou a introdução estranha: "Eu não queria tratar desse assunto").
Na amaldiçoada questão das armas, (posse e transporte) Bolsonaro também apelou para o compromisso de campanha. Só que o mais grave e mais importante é o que envolve a presidência da República. Logo depois da posse, respondeu sem ninguém perguntar: "Não disputarei a reeleição".


3 anos e meio antes de terminar o mandato, quebrou todos os limites e padrões, abriu a campanha para a sucessão de 2022, lançando a candidatura para a reeleição, que garantiu que não "DISPUTARIA".


Não podia faltar a mistificação do subserviente, subalterno e trêfego Paulo Guedes, até quando se trata de insultar vergonhosamente a mulher do presidente Macron.

Na questão da CPMF Guedes veio correndo socorrendo o chefão: "Com a nova CPMF, podemos arrecadar 200 bilhões". É o mistificador de sempre, maneja e movimenta números, sem constrangimento ou respeito com a ARITMÉTICA que o chefão confunde com MATEMÁTICA.

PS- Guedes começou com economia de 1 TRI passou para 1 TRI, 240 BI.

PS2- Depois de um longo tempo a câmara reduziu para 993 BI.

PS3- O senador Jereissatti aumentou para 1 TRI, 315 BI.

PS4- Agora, o super Rogério Marinho aplainou para 896 BI. 

O JOVEM BOLSONARO PRECISA DOAÇÃO URGENTE DE UM LIVRO DE CHURCHILL

Muito jovem, ele não sabe quem foi o líder dos Aliados, Primeiro Ministro do Reino Unido, que combateu e derrotou o nazismo e o fascismo. E ainda teve tempo de escrever vários livros. Todos best seller, vendidos no mundo inteiro.


Num deles ensinou: "A democracia é o pior dos regimes. Excetuados naturalmente, todos os outros". A culpa é do pai, que estimulou o gosto pelas armas. Em vez da satisfação, cultura, do conhecimento e do prazer pelos livros.


BOLTON, CONSELHEIRO DE SEGURANÇA DOS EUA, FOI DEMITIDO POR INSEGURANÇA

Não devia ter sido nomeado, já esteve para deixar o cargo várias vezes. Escrevi muito sobre ele na Tribuna da Imprensa. Conselheiro do presidente George W. Bush, orientou-o a invadir o Iraque. Garantiu que esse país tinha completado o circuito e se transformado numa potência nuclear.

Convenceu Bush que o Iraque passara a ser ameaça total aos EUA. Só com a palavra de Bolton, sem informação, investigação ou confirmação, invadiu o Iraque. Destruiu o país, acabou por mandar enforcar seu presidente, respeitado líder socialista.

Bush quase sofreu impeachment, foi salvo pela ação do pai, ex-presidente. A ONU determinou investigação sobre o fato, ficou provado que o Iraque não estava nem no primeiro estagio nuclear. Bolton foi dado como morto, politicamente, sem qualquer chance de reabilitação.

Quando Trump foi eleito e assumiu, surpreendeu os EUA e o mundo, nomeando Bolton para o cargo que ocupou com Bush. Trump está completando 3 anos no governo, metade (17 meses com Bolton no cargo e uma série de fracassos) descumprindo o que prometera e garantira. Confirmara a Bush, que resolveria os problemas da Coreia do Norte, Irã, Venezuela. E agravou tudo, tentando prorrogar a guerra com o Afeganistão. (Que já completou 18 anos, e Trump queria paz).

Dois fatos muito citados nos EUA.

1- Essa demissão pode ameaçar a reeleição de Trump, ano que vem.

2- O fracasso na Venezuela, muito mais importante do que se diz. Trump não queria e não quer intervenção armada. Bolton tem essa intervenção como único objetivo.

O IRRESPONSÁVEL GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO

Depois de desperdiçar tempo e gastar 1 BI na linha 4 do metrô, numa inutilidade total, anunciou: "Vou INVESTIR (?) mais outro BI para fechar o buraco!".

Assombro inacreditável. E o MP ameaçou entrar na Justiça para impedir essa barbaridade.

O governador imediatamente fez contato com os Procuradores, assumiu o compromisso de não fazer obra para fechar o buraco. Os Procuradores concordaram, mas queriam, (EXIGIRAM), a continuação das obras para a inauguração dessa abandonada linha 4.

O governador respondeu, "este compromisso não posso assumir". O MP garantiu que entraria na Justiça pela continuação das obras e inauguração da linha 4. O governador, sabendo que perderia, mudou totalmente o comportamento.

Garantiu que no máximo em 1 anos, o metrô estará funcionando.

Parabéns ao MP.

ÚLTIMA NOTA

O presidente do BC, continua insistindo na tolice:" Se recusar a vender ou leiloar dólares das reservas, é TABU que tem que ser superado". Entregou mais 580 milhões, a moeda americana, intocável, ficou em R$ 4,07.

O presidente do BC, se chama Roberto Campos Neto, pelo nome não se perca ou se identifique.
Nesta sexta [13/9], que mude de orientação.
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*Fonte: Blog Oficial do Jornal da Tribuna da Imprensa. Matéria pode ser republicada com citação do autor.