Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)
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terça-feira, 22 de março de 2016

Ministra do STJ determina notificação de Eugênio Aragão, ministro da Justiça, e da AGU em mandado de segurança impetrado pelo PPS

Terça, 22 de março de 2016
Do STJ
A ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Assusete Magalhães determinou nesta terça-feira (22) a notificação do ministro da Justiça, Eugênio Aragão, para, caso queira, prestar informações acerca do mandado de segurança impetrado pelo Partido Popular Socialista (PPS), no prazo de 72 horas.

Assusete determinou também a notificação da Advocacia-Geral da União (AGU), nos termos dos artigos 22, § 2º, da Lei 12.016/2009 e 2º da Lei 8.437/92. “Prestadas as informações ou decorrido o prazo, voltem-me conclusos, logo após”, afirmou a ministra no despacho.

Nessa segunda-feira (21), o PPS impetrou um mandado de segurança coletivo preventivo, com pedido de liminar, contra uma possível substituição de agentes da Polícia Federal pelo ministro da Justiça, Eugênio Aragão.

Na ação, o PPS cita a entrevista dada pelo ministro ao jornal Folha de São Paulo, no último sábado (19), na qual, segundo o partido, é revelada “uma indevida interferência na autonomia de investigação da Polícia Federal”.

“Isso porque a troca de equipes de policiais federais ocorreria, de acordo com as declarações da autoridade apontada como coatora, diante do mero ‘cheiro de vazamento’, situação que ofende a mais comezinha noção de devido processo legal”, lê-se na justificativa da ação.

Com o mandado de segurança, o PPS quer evitar o afastamento “sumário, pela autoridade coatora (ministro da Justiça), de qualquer delegado ou agente da Polícia Federal das atividades da investigação em que esteja envolvido, mesmo em caso de suspeita de vazamento de informações, senão após a instauração do competente processo administrativo disciplinar”.

domingo, 3 de janeiro de 2016

Delegados da PF avisam: Vamos lavar o Brasil a jato!

Domingo, 3 de janeiro de 2016

O império contra-ataca: O desmonte da Polícia Federal, enquanto você dorme

Domingo, 3 de janeiro de 2015
Os salários, ajudas de custos, gratificações deles foram "cortados"? Por que da Polícia Federal?
Por Geyson Santos - portal JusBrasil  / e Blog do Sombra
"Os delegados de Polícia Federal estão inquietos com o corte de R$ 133 milhões no Orçamento da corporação para 2016. Eles dizem que a redução de cerca de 13% na verba de R$ 1 bilhão programada para o próximo ano poderá ter impacto direto nas atividades que têm marcado a rotina da PF, as operações especiais contra a corrupção, fraudes e desvios de recursos públicos. Muitos delegados, irritados e perplexos, dizem acreditar que a instituição foi alvo de uma retaliação por causa da ofensiva sem precedentes da Operação Lava Jato, que mira em deputados e senadores." (Estadão 18/12/2015)

Após todas as investigações que têm levado políticos à prisão, principalmente petistas, a instituição diz estar sofrendo retaliações por parte do Governo Federal.

quinta-feira, 30 de abril de 2015

#NãoaPEC412. Agentes Federais protestam contra PEC da Autonomia na próxima quarta-feira (6/5)

Quinta, 30 de abril de 2015

       
  Agentes Federais de todo o país realizarão Ato Público de Protesto, na próxima quarta-feira (6/05), às 9h30, contra a PEC 412 - apelidada de PEC da Autonomia - e sobre o uso político nas investigações da Operação Lava Jato.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Petrobras: Leia a medida provisória pela qual Dilma quer segurar vazamentos sobre escândalos

Terça, 14 de outubro de 2014 
Aguardem: Vem aí uma greve monstro dos agentes da PF…
Com medo de mais vazamentos para a mídia dos escândalos das gravações com doleiros que denunciam as sinecuras e trambiques da Petrobras, o governo tomou uma atitude radical na noite desta segunda-feira (13): vai dar poder total aos delegados de polícia e destruir as propostas do grupo de trabalho que visava reestruturar a Polícia Federal a partir das demandas de seus 15 mil agentes – que lutam por condições de terem o mesmo espaço dos delegados...
 
Além de deflagrar nos próximos dias uma greve fenomenal na PF, a nova medida do governo implodiu projetos de Proposta de Emenda Constitucional do próprio PT, como a PEC 51 e PEC 73. Sem esperar os 150 dias de prazo que um grupo de trabalho tinha para analisar a reformulação da PF, o governo detonou as aspirações dos agentes. O grupo de trabalho era composto por membros do Ministério do Planajemento, da PF e do Ministério da Justiça.
 
O Ministério da Justiça encaminhou na noite desta segunda-feira à presidenta Dilma Rousseff uma minuta de Medida Provisória que dá amplos poderes aos delegados. E Dilma vai assinar o abaixo ainda nesta terça-feira. Confira a proposta de Medida Provisória que tenta brecar os vazamentos de áudios sobre a Petrobras: 
 
MEDIDA PROVISÓRIA Nº _______, DE ___ DE SETEMBRO DE 2014.
 
Dispõe sobre a reestruturação da Carreira Policial Federal de que trata a Lei nº 9.266, de 15 de março de 1996, e dá outras providências.
 
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 62 da Constituição, adota a seguinte Medida Provisória, com força de lei:
 
Art. 1º: O art. 2º da Lei nro 9.266, de 1996,passa a vigorar com os seguintes parágrafos:
 
“Parágrafo 4º: O cargo de Delegado de Polícia Federal, responsável pela direção do órgão, de mais elevado nível hierárquico, de natureza jurídica e definido como autoridade policial, é privativo de Bacharel em Direito, cujo ingresso exige aprovação em concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as suas fases e, no mínimo, três anos de atividade jurídica ou policial, comprovados no ato de posse.”
 
“Parágrafo 5º: O Diretor-Geral da Polícia Federal será nomeado pelo Presidente da República dentre os Delegados de Polícia Federal da classe mais elevada da carreira.”
 
Art. 2º: Esta Medida Provisória entra em vigor na data de sua publicação.
 
Art. 3º: Revogam-se as disposições em contrário
 
 Aguardem: Vem aí uma greve monstro dos agentes da PF…
 
ENTENDA A PEC 73 (proposta pelo senador Aníbal Diniz (PT-AC))
 
O senador Aníbal Diniz (PT-AC) escreveu na justificativa da PEC 73/2013, entregue em 4 de dezembro ao Senado, que os cargos “estritamente policiais (delegado, agente, escrivão e papiloscopista) são perfeitamente passíveis de unificação, bastando ao policial efetivo, para ocupá-los, a experiência e a capacitação adequadas”. O senador ressalva, no entanto, que os interessados em ser delegados da PF precisam se formar em direito. Já o deputado Otoniel Lima (PRB-SP), autor da PEC 361/2013, escreveu que, para aumentar a confiança da população na PF, é “imperioso” haver uma “reestruturação geral” da instituição
 
ENTENDA A PEC 51 (proposta pelo senador Lindbergh Farias (PT-RJ)
 
◦ DESVINCULAÇÃO DAS FORÇAS ARMADAS: “A fim de prover segurança pública, o Estado deverá organizar polícias, órgãos de natureza civil, cuja função é garantir os direitos dos cidadãos, e que poderão recorrer ao uso comedido da força, segundo a proporcionalidade e a razoabilidade, devendo atuar ostensiva e preventivamente, investigando e realizando a persecução criminal”;
 
◦ CARREIRA ÚNICA: “Todo órgão policial deverá se organizar por carreira única”;
 
◦ CICLO COMPLETO: “Todo órgão policial deverá se organizar em ciclo completo, responsabilizando-se cumulativamente pelas tarefas ostensivas, preventivas, investigativas e de persecução criminal.”;
 
◦ AUTONOMIA DOS ESTADOS: “Os Estados e o Distrito Federal terão autonomia para estruturar seus órgãos de segurança pública, inclusive quanto à definição da responsabilidade do município, observado o disposto nesta Constituição, podendo organizar suas polícias a partir da definição de responsabilidades sobre territórios ou sobre infrações penais.”;
 
OUVIDORIAS INDEPENDENTES: “O controle externo da atividade policial será exercido por meio de Ouvidoria Externa, constituída no âmbito de cada órgão policial, dotada de autonomia orçamentária e funcional, incumbida do controle da atuação do órgão policial e do cumprimento dos deveres funcionais de seus profissionais”.
 
Fonte: Blog do CLAUDIO TOGNOLLI  //// Blog do Sombra

domingo, 13 de abril de 2014

Faltando 60 dias para a Copa, policiais federais prometem parar durante o evento


Domingo, 13 de abril de 2014
Akemi Nitahara - Repórter da Agência BrasilEdição: Valéria Aguiar
Exatos 60 dias para o início da Copa do Mundo, policiais federais fizeram um protesto na Praia de Copacabana na manhã de hoje (13) e prometem fazer greve durante o evento esportivo. Cerca de 300 policiais e parentes marcharam pela Avenida Atlântica com cinco elefantes brancos infláveis, para reivindicar melhores condições de trabalho, reajuste salarial e reestruturação da carreira.
Policiais federais fazem marcha contra a corrupção na praia de Copacabana, zona sul da capital fluminense. O ato pede por reforma na segurança pública (Tomaz Silva/ Agência Brasil) 
Cerca de 300 policiais e familiares marcharam pela Avenida Atlântica com cinco elefantes brancos infláveis, para reivindicar melhores condições de trabalho, reajuste salarial e reestruturação da carreira.Tomaz Silva/ Agência Brasil
O presidente do Sindicato dos Servidores do Departamento de Polícia Federal do Estado do Rio de Janeiro, André Vaz de Mello, explica que a Marcha dos Elefantes, junto com uma paralisação de um dia, é para mostrar para a sociedade as condições precárias de trabalho dos policias e a ineficiência do atual modelo de segurança pública.

sábado, 12 de abril de 2014

Modelo Falido — Procuradores da República dizem que Polícia Federal busca holofotes com operações

Sábado, 12 de abril de 2014 
MPF aponta atrasos e fragilidades nos inquéritos policiais de operações deflagradas pela PF
Por: André Bento
94 FM
http://www.94fmdourados.com.br/uploads/noticias/cliente=-a42b6f807ce1988cd6dd1cd95e2b3b08.jpg
Policiais federais protestaram contra o sucateamento da segurança pública esta semana
Em nota oficial divulgada na quinta-feira (10) no site do MPF-MS (Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul), os procuradores da República lotados no Estado acusam a Polícia Federal de buscar os holofotes da imprensa ao deflagrar operações. Assinada pelo procurador da República e coordenador Criminal da PR/MS, Silvio Pettengill Neto, a publicação contém ácidas críticas aos inquéritos policiais, que, segundo o procurador, têm sido entregues com atraso e fragilidades que levam ao arquivamento dos mesmos.
Esse mal estar entre os órgãos federais foi motivado por uma reportagem do Jornal Correio do Estado que questionava o andamento de processos decorrentes de ao menos 30 operações policiais deflagradas pela PF desde 2001 no Estado. O texto sugeria que os inquéritos empacam no MPF.
Isso desagradou os procuradores, que reagiram imediatamente e apontaram falhas nas investigações promovidas pela PF. Na nota oficial divulgada pelo MPF, são revelados atrasos – de um ano, em média - e fragilidades nos inquéritos policiais de cinco operações (Sangue Frio, Volts, Kalifas, Vulcano e Owari) de combate ao crime organizado.
Conforme os procuradores da República, “logo se vê que a ‘deflagração das operações policiais’ coincide apenas com sua imediata divulgação jornalística, sendo certo que os inquéritos policiais são concluídos em período muito posterior. Cumpre assinalar que, em alguns casos, a investigação é finalizada sem a apresentação de elementos probatórios necessários a formalização de denúncia por parte do Ministério Público Federal, o que justifica a realização de novas diligências investigativas”.
Ainda de acordo com a nota oficial do MPF, “essa forma de atuação tem rendido à Polícia Federal grande atenção jornalística e enorme promoção institucional, incutindo no imaginário popular que ‘a Polícia Federal prende, mas a Justiça solta’. Nessa linha, a Polícia Federal especializou-se em ‘deflagrar operações’, relegando a momento posterior o término das investigações”.
As críticas da Procuradoria da República ao modo de atuação da PF são ácidas. “Por não compactuarem com esse modelo de atuação, os Procuradores da República lotados na Procuradoria da República no Estado do Mato Grosso do Sul atuantes em matéria criminal não emitem opinião pública sobre investigações ainda não concluídas. Tal linha de atuação da Procuradoria da República no Estado do Mato Grosso do Sul atende a orientação do Procurador Geral da República e visa a assegurar a credibilidade do sistema de Justiça Penal e a evitar a exposição indevida da imagem e da honra dos investigados contra os quais não pesam acusações formalizadas pelo Ministério Público Federal”.
Confira a nota do MPF na íntegra:

segunda-feira, 31 de março de 2014

Crise e constrangimento na solenidade de 70 anos da PF

Segunda, 31 de março de 2014
Os 70 anos da Polícia Federal foram comemorados na última sexta (28/3) na Academia Nacional de Polícia, no Distrito Federal. Na hora do hino da corporação, alunos e instrutores do curso de formação de policiais federais, em protesto, abaixaram a cabeça. Veja a seguir o vídeo do constrangimento.

"Solenidade de 70 anos do DPF, infelizmente os Agentes Federais não tem o que comemorar, #CRISEnaPF"

terça-feira, 11 de março de 2014

Com um elefante branco como símbolo, PF ameaça parar durante a Copa

Terça, 11 de março de 2014

Um grande elefante branco inflável é mais uma vez o símbolo de protestos de Policiais Federais, no Rio de Janeiro. Em frente à sede da instituição, na Praça Mauá, dezenas de profissionais participaram de manifestação hoje (11) por melhores condições de trabalho, reestruturação das carreiras e modernização dos inquéritos policiais. A categoria amaça fazer greve durante a Copa do Mundo, em junho, se as reivindicações não forem atendidas pelo governo federal.  
No Rio, na terceira maior unidade da PF no país, a expectativa é que os 1,3 mil funcionários participem da paralisação nacional que se estenderá até quinta-feira (13), segundo o Sindicato dos Servidores do Departamento de Polícia Federal do Rio. O presidente André Vaz de Mello, relata que os servidores estão sem perspectivas na carreira e se sentindo desvalorizados.  
“Estamos há anos chamando atenção, sem atrapalhar a população e gerar caos. Mas se o governo federal continuar dessa maneira, sem trazer nenhuma novidade, no zero a zero, vamos parar na Copa”, anunciou Vaz de Mello. Na avaliação dele, a pararalisação das atividades durante a Copa traria mais visibilidade à categoria, assim como o movimento dos garis no Rio, que organizou uma greve para o período do carnaval. “Os garis escolheram o momento certo para chamar atenção”, disse.  
De acordo com o presidente do sindicato dos servidores da Polícia Federal, a desvalorização da categoria, além do adoecimento dos profissionais, tem provocado abandono da carreira e pode deixar a população vulnerável, inclusive a ações de terrorismo. “Não há um cultura de terrosismo no país, mas com esses grandes evento, sempre é uma possibilidade”, disse Vaz, em referência à Copa e às Olimpíadas. Segundo ele, cerca de 250 policiais deixam a carreira por ano.  
Durante o protesto de hoje, agentes, escrivães e papiloscopistas também defenderam a modernização dos inquéritos policiais, que classificaram como burocráticos e obsoletos, tal qual um elefante branco entre a população e o acesso à Justiça: “Praticamente 96% dos inquéritos policiais, falando francamente, não dão em nada”. Segundo Vaz, perde-se tempo com prazos e com depoimentos, que podem ser alterados no curso do processo judicial.  
A reestruturação da segurança pública, com a unificação e desmilitarização das polícias, também está entre as reivindicações dos policiais. Projeto com essas mudanças tramita no Congresso Nacional por meio da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 51/2013, do senador Lindbergh Farias (PT-RJ). Um dos articuladores da proposta, que conta com apoio da corporação, é o antropólogo e um dos maiores especialista em segurança pública no país, Luiz Eduardo Soares.
 
Procurados pela reportagem, o Ministério da Justiça e a Polícia Federal não comentaram a paralisação da categoria nem a ameaça de fazer uma nova greve durante a Copa.
 
Fontes: Fenapef e Diário de Pernambuco

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

89,37% dos policiais federais ouvidos em pesquisa afirmam que existe controle político das investigações da PF

Sexta, 30 de agosto de 2013
Da Fenapef

Os motivos do sucateamento

Pesquisa alerta sobre interferência política nas investigações da PF

Policiais Federais acreditam que há interferência política nas investigações e que são punidos pelas operações anticorrupção








Uma pesquisa sobre a influência política nas investigações da PF, realizada pela Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) entre os dias 16 e 21 de agosto, revela dados alarmantes. Aproximadamente 89,37% dos entrevistados acreditam que existe controle político das investigações, sendo que 75,28% dos policiais já presenciaram ou ouviram relatos sobre interferências no trabalho investigativo.

A Federação utilizou um sistema extremamente confiável, baseado no envio de mensagens eletrônicas individualizadas e criptografadas e foram consultadas três categorias de policiais federais: agentes, escrivães e papiloscopistas (peritos em impressões digitais), cargos essenciais em  análises, ações de inteligência e estruturação das grandes operações do órgão.

A Fenapef está preocupada com a queda de investimentos na Polícia Federal nos últimos anos, e tem recebido um número crescente de denúncias de relotações arbitrárias de policiais experientes, que são removidos de investigações em andamento, sem maiores motivos.
Castigo - A pesquisa também aponta que 94,34% policiais entrevistados acreditam que a falta de investimentos na Polícia Federal é um castigo pelas investigações sobre corrupção. Apensa 5, 66% não acreditam nesta hipótese.
A quarta e a quinta questões demonstram a situação de abandono vivido por quase a totalidade dos milhares de policiais federais, que já não conseguem encontrar motivos para serem tratados de tal forma pelo Governo Federal.
Na sexta e na sétima questões, mais de 95% dos policiais federais declaram que o Governo Federal não está preocupado com a produtividade do órgão, e revelam que o órgão Polícia Federal virou uma “caixa preta”, que a sociedade desconhece.
Avaliação Administrativa: Ao final, na oitava questão, é feita a avaliação da gestão do atual Diretor-Geral Leandro Daiello. Quase 70% dos servidores consultados considerou a sua administração péssima, 22% como ruim, 8% como regular, menos de 1% como boa, e, somente 1 entre os 1.732 participantes considerou a gestão ótima.
Considerando o efetivo de servidores, e que houve 1.732 participantes, a margem de erro do resultado da pesquisa em relação a todos os policiais federais é de somente de 3%. Para a Fenapef, os dados incontestáveis como fonte estatística, causam extrema preocupação quanto aos limites de subordinação administrativa e possibilidade de intervenção em órgãos que podem investigar o próprio Estado.
Confira nos gráfico o resultado da pesquisa, que pode revelar a causa do sucateamento da PF e dos seus cargos operacionais.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

A quem interessa a PF sucateada?

Segunda, 19 de agosto de 2013
Punidos por combaterem a corrupção, Federais vão às ruas com mordaças!

Da Fenapef
Nos últimos anos as competências da Polícia Federal têm sido repassadas ao Exército e Força Nacional. Recursos públicos previstos nas leis orçamentárias não são investidos no órgão. E os policiais responsáveis pelas pesquisas, análises e execução das investigações, taxados de rebeldes pelo Governo Federal, estão sendo perseguidos, com os salários congelados há 05 anos, e vítimas de uma política de gestão direcionada para a desmoralização funcional.

Num modelo inspirado no FBI, durante a década de 90, a previsão legal do requisito de formação universitária para todos os policiais federais representou um avanço para a polícia brasileira. Começava a mudar o modelo de polícia herdado do Império, onde ocorria a concentração dos rumos da investigação na pessoa do delegado. Até então, a prova produzida era baseada em interrogatórios, muitos deles com violação aos direitos do cidadão. Um mecanismo de polícia ainda ativo, criado para manter a estrutura coronelista de poder.

Mas algo inesperado aconteceu na PF. Ao se juntar investigação e formação científica do policial, ocorre o desenvolvimento da inteligência policial e da análise criminal, e esse novo método de investigação não se adaptou ao antigo sistema de controle político da polícia. Em equipes formadas por engenheiros, biólogos e sociólogos, a investigação se tornou científica, e como criar filtros políticos ou critérios seletivos se a metodologia é objetiva?

sábado, 24 de novembro de 2012

Chefe de gabinete de Dilma em SP foi elo de esquema com autoridades, diz PF

Sábado, 24 de novembro de 2012
Rosemary Noronha intermediou reuniões com Fernando Pimentel e com o governador da Bahia, Jaques Wagner, a pedido de empresários que foram presos em operação
 
Fausto Macedo e Felipe Recondo, de O Estado de S. Paulo
Relatório da Operação Porto Seguro revela que Rosemary Nóvoa de Noronha, chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, intermediou reuniões de “autoridades públicas” com integrantes da organização criminosa que corrompia servidores para emissão fraudulenta de pareceres técnicos. O documento assinala que Rosemary promoveu encontro “do governador da Bahia para Alípio Gusmão e César Floriano”.
 
Alípio Gusmão é conselheiro da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa). Carlos César Floriano, empresário, foi preso sexta-feira pela Polícia Federal em São Paulo e indiciado formalmente por corrupção ativa. A PF imputa a ele papel de destaque no grupo que pagava até R$ 300 mil por laudo forjado e se infiltrou em três agências reguladoras, no Tribunal de Contas da União, na Advocacia-Geral da União, na Secretaria do Patrimônio da União e no Ministério da Educação.

A PF coloca Rosemary no mesmo plano do grupo que foi indiciado por formação de quadrilha - dois servidores da Agência Nacional de Águas (ANA) e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), três advogados e um empresário. Todos estão presos. Leia a íntegra

sexta-feira, 27 de julho de 2012

TRF1 recebe denúncia contra policiais federais acusados de tortura

Sexta, 27 de julho de 2012
Crime teria sido praticado contra suspeitos de assaltar a casa de dois agentes

Seis policiais federais, entre eles um delegado, vão responder criminalmente na Justiça pela prática de tortura. A decisão, tomada pela 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região recebeu a denúncia do Ministério Público Federal que havia sido rejeitada pela 1ª instância, por suposta insuficiência de provas. Os acusados, agora considerados réus no processo criminal, serão julgados pela 12ª Vara Federal do DF.

O caso foi amplamente divulgado pela imprensa em maio do ano passado, quando foi oferecida a denúncia contra o delegado da Polícia Federal Anderson Torres e os agentes Luiz Antônio Pinelli, Luiz Ribamar de Brito, Luciane Faraco, Roberto Matsuuchi e sua mulher, Ana Cristina Matsuuchi. Segundo a acusação, em 2007, os policiais teriam sequestrado à luz do dia, diante de testemunhas, e torturado dois rapazes suspeitos de cometerem um furto na casa dos agentes Roberto Matsuuchi e  Ana Cristina Matsuuchi. A denúncia também afirma que o delegado Anderson Gustavo Torres abriu uma investigação paralela para descobrir os ladrões, mesmo sem ter competência legal para isso – por lei, investigar crimes como esse é trabalho para a Polícia Civil.

A agressão teria ocorrido contra Marcelo Lamartine e Clésio Divino, três dias após o assalto à casa dos agentes. No dia seguinte à suposta agressão, as vítimas registraram ocorrência policial, o que resultou na realização de um laudo pericial feito pelo IML. O resultado da perícia não indicou a presença de lesões em Marcelo Lamartine, no entanto, apontou lesões em Clésio Divino no dorso e na região escrotal, feitas com  instrumento contundente, que poderia ter sido, por exemplo, a mão de uma outra pessoa (soco), um pedaço de madeira ou uma pedra.

O juiz de 1º grau, no entanto, rejeitou a acusação do MPF pois considerou que a denúncia era baseada apenas nos relatos das supostas vítimas e em provas vindas de testemunhas. “Os laudos periciais são insuficientes à demonstração da existência de sofrimento físico ou mental e se mostram incompatíveis com os relatos das agressões sofridas pelas vítimas, que narraram ter sofrido tapas, chutes, pontapés, socos e terem sido submetidos a sufocamento por uso de saco plástico”, afirmou o magistrado em sua decisão.

O MPF/DF recorreu da sentença ao TRF1 e pediu o recebimento da denúncia alegando que as investigações apresentaram fartas provas periciais, documentais e testemunhais. A procuradoria regional da República da 1ª Região ofereceu parecer ao Tribunal opinando pela abertura de ação penal contra os policiais. “Há que se atribuir especial valor ao depoimento prestado pelas vítimas, tendo em vista as características do crime de tortura, normalmente praticado em local ermo, sem a presença de testemunhas, portanto”, explica o parecer.

De acordo com o MPF, as demais provas comprovam os depoimentos das vítimas, e em especial os das testemunhas, que teriam visto o momento em que Marcelo e Clésio foram abordadas pelos policiais. “Não consta nos dados do processo que as vítimas tivessem algum motivo para imputar falsamente aos denunciados a prática de qualquer crime”, finaliza a manifestação do Ministério Público.

Os réus serão processados pela prática de tortura, crime previsto na Lei 9.455/97. Se condenados, a pena ainda poderá ser aumentada em razão dos acusados serem agentes públicos e de o crime ter sido cometido mediante sequestro.

Processo nº 0027547-49.2011.4.01.3400


Fonte: MPF

sábado, 24 de setembro de 2011

Manobras para livrar o senador Gim Argelo no caso da licitação na CLDF

Sábado, 24 de setembro de 2011
E não é que mais uma vez a política suja de Brasília é tema de reportagem de revista semanal. Agora é a “IstoÉ” que traz para suas páginas políticas o que talvez fosse mais apropriado para “O Dia”, em páginas de Polícia. Voltou à imprensa o caso do senador Gim Argello (PTB-DF), aquele que era suplente de Roriz e ganhou de presente mais de sete anos de senado com a renúncia do ex-governador.

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), não gostou nada de saber que, segundo o Ministério Público Federal, está havendo manobras por agentes da Polícia Federal para adiar as investigações contra Gim. O senador do PTB é investigado por suspeita de desvio de recursos público, em licitações, quando exerceu a vice-presidência da Câmara Legislativa do DF entre 2003 e 2004.

Gilmar Mendes, que é o relator do processo no STF, ficou espantado com a morosidade da Polícia Federal em procedimentos básicos e preliminares. As alegações são de que testemunhas não eram localizadas e autoridades indiciadas recebiam tratamento privilegiado além do que a lei prevê.

Atualmente o inquérito, que se encontra na Corregedoria da PF, em Brasília, ainda tem como indiciado o deputado distrital Benício Tavares (PMDB), presidente da CLDF à época em que o caso de corrupção teria acontecido. O ministro Gilmar Mendes, irritado, enviou ofício ao corregedor da PF, Valdinho Caetano, onde pede ”mais empenho” à PF e assinala que “nada justifica o equívoco” da instituição ao oficiar Gim Argello solicitando-lhe “marcação de data e hora para a inquirição”. Essa solicitação não procede, segundo o ministro do Supremo, pois Gim já constava como indiciado e caberia a um delegado definir os critérios para ouvi-lo. O senador só teria o privilégio de escolher as datas do depoimento caso constasse como testemunha, o que não é o caso. Ele é indiciado.

Clique aqui para ler a reportagem da revista “IstoÉ”

sábado, 20 de agosto de 2011

Colbert pedirá indenização

Sábado, 20 de agosto de 2011 
Por Ivan de Carvalho
Uma entrevista exclusiva que o secretário nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo, o ex-deputado baiano Colbert Martins, concedeu ontem ao jornalista Cláudio Leal, do Terra Magazine, contém alguns pontos interessantes para deixar ainda mais clara do que já estava a forma irresponsável e abusiva com que agiu a Polícia Federal no episódio da Operação Voucher.

    A entrevista de Colbert Martins põe as coisas no devido lugar, não deixando espaço para qualquer tentativa da Polícia Federal tentar encobrir, com explicações que não explicam nada, a forma com que agiu no desfecho da Operação Voucher, em relação aos que foram presos, no que diz respeito ao uso abusivo de algemas e à irresponsabilidade que resultou no vazamento de fotografias dos presos sob custódia da PF, seja algemados, seja no processo de identificação prisional no Amapá.

    No caso específico de Colbert Martins, houve também vazamento de trechos de gravações que tendiam a levar a interpretações erradas. É que as falas gravadas durante a investigação se referiam a assuntos diferentes daquele a que foram relacionadas nos vazamentos, permitindo assim que fossem feitas suposições totalmente falsas.

    Ao leitor, para melhor compreensão, recomendo a leitura atenta da íntegra da entrevista dada ao Terra Magazine e divulgada ontem. Entre outras coisas, disse Colbert: “Sim, usaram algemas. Comigo. Inclusive com uma senhora de 67 anos, que está com câncer e tinha saído de uma quimioterapia. A divulgação das fotografias, no Amapá, foi criminosa. Espero que o servidor seja punido”. Mais adiante, insiste: “Foi muito duro, muito difícil. A divulgação da fotografia (na Penitenciária do Amapá) é criminosa. E também os próprios vazamentos dentro da PF. Vaza tudo”.

    Bem, não é só “o servidor” diretamente responsável pelo vazamento das fotos na Penitenciária do Amapá que deve ser punido. Note-se que as prisões foram feitas mediante mandados de um juiz federal e foram efetuadas pela Polícia Federal, que tinha, portanto, a responsabilidade legal pela custódia dos presos. Se não cuidou para que não vazassem fotografias na penitenciária estadual – mesmo que não haja “providenciado” o vazamento, hipótese a ser investigada – é, objetivamente, responsável pelo vazamento.

    Essas questões estão sendo postas aqui porque Colbert Martins afirmou que quer ser indenizado pelo Estado (União e, no caso das fotos na penitenciária estadual, eventualmente também pelo Estado do Amapá), por conta dos danos sofridos por sua prisão e exposição pública. Ele pode entrar com uma ação cível pedindo indenização por danos materiais e principalmente morais.

    Apesar do interesse quanto ao que disse sobre o absurdo de o haverem envolvido – “Minha ideia é provar que não tem fatos. Não é nem minha inocência. Não tem fatos.” – o principal a registrar é que finalmente alguém, vítima de conduta abusiva da Polícia Federal (o uso de algemas foi restringido pelo STF a situações especialíssimas e a exposição pública indevida foi o que fundamentou tal decisão), decide ir à justiça pedir indenização pelos danos a sua dignidade, a sua reputação.

No caso de um político, como Colbert, a reputação, a imagem pública é o patrimônio essencial, de modo que a indenização pode ser bem elevada. É desejável que o seja, mesmo sabendo-se que se o Estado paga uma indenização, quem está pagando é, na verdade, o contribuinte. Mas a disposição de Colbert Martins é importante como um passo para a afirmação da cidadania ante comportamentos abusivos, autoritários ou arbitrários, do Estado por intermédio de seus prepostos. É uma disposição que, se multiplicada, poderá desestimular tais comportamentos.
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Este artigo foi publicado originalmente na Tribuna da Bahia deste sábado.
Ivan de Carvalho é jornalista baiano.
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"Minha honra será lavada", promete Colbert Martins



sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Operação Voucher

Sexta, 19 de agosto de 2011
A Polícia Federal (PF) entregou ontem (18/8) à noite ao procurador da República no Amapá o relatório das investigações da Operação Voucher. Caberá agora ao procurador denunciar à Justiça os suspeitos de terem participado do desvio de dinheiro público.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Carunchos acabam de derrubar Wagner Rossi

Quarta, 17 de agosto de 2011
Às 15h33, sob o título "Caruncho no Ministério da Agricultura", postamos aqui no Gama Livre que a árvore que fica abalada pelo ataque de caruncho precisa ser rapidamente sacrificada, queimada, afastada das demais. O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, estava infestado de caruncho.

Por não ser árvore, é que pode ele mesmo pedir seu sacrifício e que fosse levado para longe. Acaba de entregar a Dilma a sua carta de demissão.

Que vá agora viajar nos jatinhos de empresas particulares sem que com isso esteja cometendo uma infração ao Código de Ética da Alta Administração Federal.

Desvios no Turismo não deverão ser rastreados

Quarta, 17 de agosto de 2011
Do Estadão 
Na avaliação dos responsáveis pelas investigações, dificilmenten será possível comprovar o destino dos R$4 milhões repassados ao Ibrasi

Leandro Colon, enviado especial de O Estado de S.Paulo
MACAPÁ - A denúncia dos envolvidos na Operação Voucher, da Polícia Federal, deverá ser feita à Justiça sem comprovar o destino de todo o dinheiro desviado do Ministério do Turismo. 

As investigações chegaram até o repasse dos recursos do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi), contratado pelo ministério, para empresas de fachada. A partir daí, no entanto, não houve avanço sobre o destino de pelo menos R$ 4 milhões que saíram dos cofres do governo. E, na avaliação dos responsáveis pelas investigações, dificilmente será possível rastrear todo esse montante.

Um dos motivos dessa dificuldade é a necessidade que o Ministério Público Federal e a Polícia Federal viram em precipitar as prisões preventivas e temporárias - 36 pessoas, no total - e ações de busca e apreensão com apenas três meses de investigação, algo incomum nesse tipo de caso. Na avaliação dos dois órgãos, isso foi necessário porque os investigados estariam atuando para obstruir o inquérito e impedir a obtenção de provas.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Cortes de gastos têm reduzido operações da Polícia Federal, dizem entidades de classe

Segunda, 15 de agosto de 2011
Da Agência Brasil

Pedro Peduzzi - Repórter
Os cortes de gastos feitos pelo governo têm levado à redução das operações da Polícia Federal (PF), entre elas a Arco de Fogo, destinada a combater o desmatamento ilegal na Amazônia. De acordo com a Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (Fenadepol), o orçamento do Fundo para Aparelhamento e Operacionalização das Atividades-Fim da Polícia Federal (Fenapol), previsto inicialmente em R$ 479 milhões, foi reduzido em 28%.

"O desmatamento na Amazônia aumentou entre agosto de 2010 e abril deste ano, na comparação com o período anterior. Isso é reflexo direto desses cortes", disse o presidente da Fenadepol, Antônio Góis.

Gastos com diárias, transporte, hospedagem e alimentação de policiais federais em missão ou operações oficiais, custeados pelo fundo, foram limitados a R$ 58 milhões este ano – uma redução de cerca de 35% em relação aos R$ 89,8 milhões utilizados em 2010. Segundo Góis, em função disso, a PF está reduzindo o deslocamento de policiais em operações.

Em 2010, a Coordenação de Administração da Polícia Federal, responsável pelas grandes operações, gastou R$ 6,34 milhões em diárias. Este ano, foram gastos, até o momento, R$ 489 mil. “Ou seja, 13 vezes menos. Somando as unidades orçamentárias, o órgão sofreu redução de um terço de seu orçamento, o que representa cerca de R$ 281 milhões por ano”.

Em nota, o presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), Bolivar Steinmetz, disse que a Polícia Federal está sofrendo com a agenda econômica do governo. "Infelizmente, o governo não enxerga a Polícia Federal como um investimento. O maior prejudicado com o contingenciamento na PF é o próprio Estado", adverte o presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), Hélio Buchmüller.

Procurada pela Agência Brasil, a PF informou, por meio de sua assessoria de comunicação, que não comenta assuntos relativos à questão orçamentária, e que as associações classistas "estão exercendo seus direitos democráticos".

sábado, 13 de agosto de 2011

Esquema tem cúmplices na Caixa, diz PF

Sábado, 13 de agosto de 2011
Do Estadão

Escutas mostram que quadrilha no Turismo tinha ajuda de funcionários até para obter dados sigilosos

Vannildo Mendes e Felipe Recondo
- O Estado de S.Paulo
Diálogos telefônicos interceptados pela Polícia Federal, com autorização da Justiça, mostram que a quadrilha que desviava dinheiro do Ministério do Turismo tinha a cumplicidade de funcionários da Caixa Econômica Federal para movimentar recursos e até obter dados protegidos por sigilo.

A Caixa informou, em nota, que abriu sindicância interna para apurar a denúncia de envolvimento de dois servidores no esquema desmantelado pela Operação Voucher e pediu acesso aos autos do processo.

No primeiro diálogo, de 1min49s de duração, interceptado no dia 2 de maio, Katiana Necchi, do Instituto Brasileiro de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi), pede documentos ao bancário Edmilson para forjar uma prestação de contas. Ele atende ao pedido, mas faz um apelo dramático para que Katiana suprima algumas partes para ele não ser identificado, porque se trata, como diz, de "documento extremamente confidencial". A PF acredita que houve quebra de sigilo funcional, crime punido com até dois anos de reclusão pelo Código Penal. "É o seguinte: vou te mandar um documento que você tem a obrigação de me tirar aquela parte confidencial, tá?", diz Edmilson. E emenda: "Isso é extremamente confidencial."