Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sábado, 13 de agosto de 2011

Esquema tem cúmplices na Caixa, diz PF

Sábado, 13 de agosto de 2011
Do Estadão

Escutas mostram que quadrilha no Turismo tinha ajuda de funcionários até para obter dados sigilosos

Vannildo Mendes e Felipe Recondo
- O Estado de S.Paulo
Diálogos telefônicos interceptados pela Polícia Federal, com autorização da Justiça, mostram que a quadrilha que desviava dinheiro do Ministério do Turismo tinha a cumplicidade de funcionários da Caixa Econômica Federal para movimentar recursos e até obter dados protegidos por sigilo.

A Caixa informou, em nota, que abriu sindicância interna para apurar a denúncia de envolvimento de dois servidores no esquema desmantelado pela Operação Voucher e pediu acesso aos autos do processo.

No primeiro diálogo, de 1min49s de duração, interceptado no dia 2 de maio, Katiana Necchi, do Instituto Brasileiro de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi), pede documentos ao bancário Edmilson para forjar uma prestação de contas. Ele atende ao pedido, mas faz um apelo dramático para que Katiana suprima algumas partes para ele não ser identificado, porque se trata, como diz, de "documento extremamente confidencial". A PF acredita que houve quebra de sigilo funcional, crime punido com até dois anos de reclusão pelo Código Penal. "É o seguinte: vou te mandar um documento que você tem a obrigação de me tirar aquela parte confidencial, tá?", diz Edmilson. E emenda: "Isso é extremamente confidencial."