Quarta, 17 de agosto de 2011
Do Estadão
Na avaliação dos responsáveis pelas investigações, dificilmenten será possível comprovar o destino dos R$4 milhões repassados ao Ibrasi
Leandro Colon, enviado especial de O Estado de S.Paulo
Leandro Colon, enviado especial de O Estado de S.Paulo
MACAPÁ - A denúncia dos envolvidos na Operação Voucher,
da Polícia Federal, deverá ser feita à Justiça sem comprovar o destino
de todo o dinheiro desviado do Ministério do Turismo.
As investigações chegaram até o repasse dos recursos do Instituto
Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi),
contratado pelo ministério, para empresas de fachada. A partir daí, no
entanto, não houve avanço sobre o destino de pelo menos R$ 4 milhões que
saíram dos cofres do governo. E, na avaliação dos responsáveis pelas
investigações, dificilmente será possível rastrear todo esse montante.
Um dos motivos dessa dificuldade é a necessidade que o Ministério
Público Federal e a Polícia Federal viram em precipitar as prisões
preventivas e temporárias - 36 pessoas, no total - e ações de busca e
apreensão com apenas três meses de investigação, algo incomum nesse tipo
de caso. Na avaliação dos dois órgãos, isso foi necessário porque os
investigados estariam atuando para obstruir o inquérito e impedir a
obtenção de provas.
