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(Millôr Fernandes)

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Conselho Federal anula decisão do Presidente

Quarta, 21 de dezembro de 2011
Do Blog do Sombra
Em carta aos colegas Advogados, Everardo Gueiros torna pública a decisão unânime do Conselho Federal que concluiu não haver malversação no emprego das verbas da Caixa de Assistência da OAB-DF em sua gestão.
Tal decisão tomada pelo colegiado, põe o presidente da OAB-DF em uma saia justa.
Leia abaixo o desabafo de Everardo Gueiros;
 
Durante oito meses e oito dias exerci a presidência da Caixa de Assistência dos Advogados do Distrito Federal – CAA-DF - graças a uma decisão do Conselho Federal da OAB, que suspendeu a arbitrária e ilegal decisão do Conselho Seccional do DF de me afastar do cargo para o qual fui legitimamente eleito.  Atendendo ao desejo do presidente da OAB-DF, meu afastamento teve, claramente, razões políticas
 
Agora, o Conselho Federal voltou a fazer justiça, decidindo que não tem fundamento o pretexto utilizado pelo Conselho Seccional para me afastar da presidência da CAA-DF. O FIDA, órgão diretamente vinculado ao Conselho Federal da OAB, decidiu por unanimidade que não houve malversação de recursos financeiros da CAA-DF em minha gestão.
 
Caíram por terra, assim, as manobras comandadas pelo presidente da OAB-DF, que, sem me dar o direito de defesa e em sessão secreta, decidiu afastar-me da presidência do CAA-DF acusando-me de irregularidades em obra realizada pela minha gestão. A decisão do Fundo de Integração e Desenvolvimento Assistencial dos Advogados - FIDA, que aprovou unanimemente o voto do relator, presidente da Seccional do Rio de Janeiro, Dr. Wadih Damous, comprova minha inocência.
 
Em seu voto, diz o relator que “não houve prática de sobrepreço na contratação e execução dos serviços”, conforme comprovou auditoria realizada nas obras. Literalmente: “Ao contrário, a perícia concluiu que ’o valor dos recursos obtidos no FIDA foram efetivamente utilizados na reforma das instalações elétricas do térreo e do primeiro pavimento do edifício-sede da Caixa de Assistência dos Advogados do Distrito Federal’, estando os custos compatíveis com os preços praticados na praça de Brasília, como apurou o mencionado laudo”. E ainda: “O laudo da Controladoria do Conselho Federal da OAB emite semelhante opinião”.
 
A conclusão do órgão vinculado ao Conselho Federal é clara: “Não restou provado tenham os recursos do FIDA sido malversados, não se podendo concluir também, que a utilização dos recursos financeiros se deu de modo ilegal e antieconômico”.
 
As razões alegadas pelo Conselho Seccional do DF e por seu presidente para me afastar foram, assim, definitivamente desmentidas pelo Conselho Federal.
 
A decisão unânime do FIDA, que liberou os recursos para a continuidade das obras de reparos e substituição das instalações elétricas da sede da CAA-DF, me dá mais forças para continuar meu trabalho à frente da instituição.
 
Espero agora que a OAB-DF faça sua obrigação que é de liberar os repasses financeiros à CAA-DFEm 2010 e em 2011 a OAB-DF deixou de repassar corretamente os valores devidos a CAA-DF. A medida injustificada causa à CAA-DF enormes prejuízos e inviabiliza o desenvolvimento das atividades do órgão, em todos os setores.
 
Continuarei meu trabalho com a disposição de oferecer aos advogados e advogadas do Distrito Federal uma Caixa de Assistência à altura de suas aspirações e necessidades.
       
Sonhei com uma OAB voltada para os anseios dos advogados e da sociedade. Sem mentiras, sem covardias, livre de interesses e projetos pessoais, com o bem comum colocado sempre em primeiro plano.
             
          Continuarei na busca deste sonho.
 
           Desejo a todos um Feliz Natal e Próspero Ano Novo.
 
Everardo Ribeiro Gueiros Filho
Presidente da CAA-DF