Sexta, 23 de dezembro de 2011
O novo caminho para os pacientes
dos hospitais públicos de Brasília continua parecendo o velho caminho do
passado, mas com suspeitas de que está levando a uma situação mais dramática.
Na última quarta-feira (21/12), por
exemplo, a maioria dos pacientes que chegou ao pronto-socorro do Hospital
Regional do Gama (HRG) por volta das 2 e 3 horas da madrugada não havia sido
atendida até o meio da tarde daquele dia. O pior, por vota das 15 horas veio o
aviso de que não havia mais médico para atender a todos, mas somente aos casos
mais graves.
Humilhados, os pacientes (e bota
pacientes nisso) foram embora. Talvez tenham voltado no dia seguinte, com mais
dores e a doença em estágio mais avançado e exigindo maiores recursos financeiros
para sua superação.
Naquele dia, quarta, um paciente
com câncer no esôfago, e que se alimenta apenas por sonda, chegou ao
pronto-socorro do HRG cerca das 7 horas da manhã. Foi ser atendido —por estar
enquadrado naqueles quadros de mais grave situação— por volta das 17 horas.
Depois de dez horas de sua chegada ao hospital, período que ficou sem ser
alimentado, pois a sonda havia sido expelida.
E ainda querem nos convencer que
é tempo de novo caminho. Só se for para aquele caminho que leva à bilionária copa
do mundo de 2014. Bilionária, mas excludente.
Ah, se desse para o Tonico ser atendido na propaganda da área de saúde do governo do "novo caminho"!