Quarta, 28 de dezembro de 2011
Do EstadãoCarlos Wilson, morto em 2009, e Fernando Brendaglia de Almeida teriam favorecido empresa
Vannildo Mendes, de O Estado de S. Paulo
O Tribunal de Contas da União (TCU) condenou o
espólio do ex-senador e ex-presidente da Empresa de Infraestrutura
Aeroportuária (Infraero) Carlos Wilson, morto em abril de 2009, a
devolver aos cofres públicos, juntamente com o ex-diretor comercial da
estatal, Fernando Brendaglia de Almeida, R$ 19,5 milhões por gestão
"temerária e ruinosa". O dano total, pelos cálculos do tribunal foi de
R$ 26,8 milhões, mas quando se trata de pessoa morta a lei prevê que o
ressarcimento não ultrapasse o valor da herança.
Auditoria do TCU realizada em 2007 constatou que os dois favoreceram a empresa FS3 Comunicação e Sistemas, que explorava os serviços de mídia dos aeroportos brasileiros, num contrato sem licitação nem justificativa técnica, que "não produziu os resultados esperados e causou danos ao patrimônio da estatal", segundo anotou o relator do processo, ministro Raimundo Carreiro. A Infraero alegou que pareceres técnico e jurídico recomendaram a assinatura do contrato. Agora vai aguardar a notificação do TCU para recorrer.