Sexta, 2 de dezembro de 2011
Falta um mês para Agnelo completar o primeiro ano
sentado (nem sempre, voa aviãozinho) na cadeira de governador de Brasília.
Prometeu em campanha que resolveria todos os
problemas da saúde até completar os 100 primeiros dias como chefe do Executivo,
visto que de saúde, dizia, entendia muito. Não parece, pelo menos é o que tem
demonstrado.
Mas a incompetência do seu governo é tanta que nem
sequer deu jeito na Farmácia de Alto Custo, onde pacientes levam horas para
pegar (geralmente nem pegar) remédios. Se a falta de medicamentos é o mais
dramático, seu governo sequer conseguiu resolver o sacrifício das pessoas nas
três filas (isso mesmo, três filas) que têm de enfrentar. Parece até que nem
existe técnica de Pesquisa Operacional e coisas dessa ordem para equacionar,
por exemplo, o fluxo de pessoas, o tempo de atendimento e o número de
atendentes.
Concordo com o governador em uma coisa. O caos anterior
era conseqüência basicamente da incompetência dos gestores da saúde. Assim, o
caos que permanece deve ser também ineficiência dos atuais responsáveis pela
gestão do sistema de saúde.
Pior do que o caos na Farmácia de Alto Custo —há
também falta freqüente de remédios de baixo custo, como de combate à pressão
alta— é o caos existente nas unidades hospitalares. Aí faltam médicos, enfermeiros,
equipamentos, instrumentos, materiais de consumo, gestão, e atendimento digno à
população.
Haja incompetência!