Sexta, 17 de junho de 2016
Segundo deputados, é preciso ter mais controles das Unidades. Upas não conseguiram alcançar mais de 65% das metas em 2015
Um relatório preliminar da Comissão de Tributação da Assembleia
Legislativa do Rio pede fim da gestão de Organizações Sociais em
Unidades de Pronto Atendimento (Upas) do Estado do Rio, como mostrou o
RJTV deste sábado (11). Segundo deputados, é preciso um controle melhor
das unidades. ...
O deputado Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSDB) diz que o ideal é que o
serviço, aos poucos, seja substituído pela Fundação de Saúde.
“Qual é a diferença das Os? É que a gestão é estatal, a direção é
estatal. Tem quase os mesmos atributos, mas a gestão não é privada, a
gestão é pública. Então você tem mais economia e no meu entendimento
mais controle. Vá diminuindo, diminuindo, para você ter um contrato que
dê qualidade associada à eficiência e muito melhor contralado. Eu acho
que há mais especialidade, há mais controle, são médicos que têm
matricula. Mais responsabilidade do que você colocar numa organização
social que hoje pode estar prestando serviço, amanhã não”, explicou ele.
No documento, deputados analisaram as Upas controladas por OSs entre
2010 e 2015. Em 2015, 65,67% das metas estabelecidas não foram
alcançados pelas unidades. O documento também mostra que faltam
parâmetros claros sobre os custos de medicamentos, e gastos com
segurança, limpeza, exames laboratoriais, e lavanderia. Há problemas
para determinar a faixa salarial de médicos e enfermeiros.
“Há que se balizar faixas salariais, para que haja uniformidade de
contratações nas área das organizações sociais. Os salários de todos os
profissionais, em faixas, né, não em um valor só, porque muitas vezes a
realidade de itaperuna é diferente do que a realidade na região
metropolitana, mas há necessidade, porque isso você tem maior
previsibilidade dos gastos e também tem um controle muito melhor”, disse
o deputado.
A secretaria estadual de saúde declarou, em nota, que vai acatar todas
as recomendações do relatório da alerj, e que se prepara pra fundação de
saúde administrar as upas. A secretaria disse, ainda, que vai concluir
uma auditoria sobre os gastos com as upas no ano passado pra avaliar o
tamanho da dívida com as organizações sociais, e que já fez cortes de R$
1 bilhão em contratos.
G1 RIO