Terça, 26 de outubro de 2010
Não bastassem Zé Dirceu —apontado por Joaquim Barbosa, ministro do STF como o chefe de “uma sofisticada organização criminosa” no caso do Mensalão do PT — e Erenice Guerra, agora tem nova confusão para os lados do Palácio do Planalto. Envolve o chefe de gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho.
Ele é citado em processo na Justiça como integrante do esquema que teria desviado mais de R$5 milhões da prefeitura de Santo André (São Paulo) em período que o PT comandava a prefeitura do município.
O Ministério Público investigava a morte, em janeiro de 2002, do ex-prefeito Celso Daniel. As investigações levaram à identificação do esquema de corrupção e, segundo o MP, Klinger Luiz de Oliveira, Ronan Maria Pinto, Luiz Marcondes e Sérgio Gomes da Silva —o Sombr— implantaram um esquema que extorquiu empresários de ônibus do município. A empresa que não pagasse propina não conseguia trabalhar para a prefeitura.
De acordo com a denúncia do MP, a função do hoje chefe de gabinete da Presidência da República era transportar o dinheiro até a direção nacional do PT. Ele era o chefe de gabinete do prefeito Celso Danel.
Dos denunciados pelo Ministério Público só Gilberto Carvalho, e o PT, não tiveram seus bens bloqueados.