Domingo, 10 de julho de 2011
O Correio Braziliense de hoje
(10/7), em reportagem de Ana Maria Campos, trata do futuro de Marina Silva após
sua saída do PV. Revela que a ex-candidata à presidência da República andou
conversando com Antônio Reguffe (PDT-DF), deputado federal percentualmente mais bem votado no
Brasil.
Se Marina está construindo um
partido, a ex-senadora não declara abertamente. Diz apenas que por enquanto
pretende organizar uma frente que faça política de modo diferente do que se vê
normalmente no país. Uma frente ética.
A realidade é que no Brasil é impossível a um político se manter em evidência sem que esteja numa agremiação partidária. E Marina ainda não desistiu de uma nova candidatura à presidência. Dos partidos que aí está nenhum lhe daria a legenda para 2014. Os mais fortes porque já tem lá seus candidatos a candidatos. Os menores e os nanicos, porque vivem como apêndices daqueles que estão no governo. O Psol e o PSTU, claro, não emprestariam suas legendas à Marina. Restaria então o quê? A construção de um partido.
A associação entre Marina Silva e o deputado Reguffe em um novo partido será, certamente, fator de desequilíbrio entre as forças políticas no Distrito Federal. Uma reeleição de Agnelo Queiroz, que já se mostra como dificílima em razão do seu fraco desempenho até esta data, iria por um Novo Caminho de água abaixo. E mais ainda, se o senador Cristovam Buarque conseguisse dentro do PDT vencer o grupo que se encontra com cargos no governo Agnelo, e tivesse a legenda para disputar o Buriti, aí estaria praticamente sacramentada a derrota do atual governador.
E o pessoal de Agnelo que já está queimando os neurônios para ver como seria possível salvar o governo e viabilizar sua reeleição, agora tem que acompanhar com atenção os passos de Marina e Reguffe.