Sexta, 26 de agosto de 2011
Da Agência Brasil
Priscilla Mazenotti - Repórter
O agricultor Valdemar Oliveira Barbosa, morto a tiros em Marabá
 (Pará) ontem (25) de manhã, estava recebendo ameaças de morte desde o 
início do ano. Em maio, ele chegou a registrar ocorrência na Polícia 
Civil do estado pedindo investigação. A informação é do advogado da 
Comissão Pastoral da Terra (CPT) José Batista, que acompanha as 
investigações.
“Por enquanto, não vamos pedir intervenção da Polícia Federal [PF]. 
Como a Polícia Civil instaurou o inquérito e iniciou as investigações, 
vamos aguardar. Mas, caso não haja avanços, certamente vamos pedir à PF 
que entre no caso”, disse Batista à Agência Brasil.
Valdemar Oliveira Barbosa, conhecido como Piauí, foi morto a tiros 
na Avenida Belém-Brasília, no bairro São Félix, periferia de Marabá. Ele
 foi abordado enquanto andava de bicicleta por dois homens que estavam 
em uma moto. Os assassinos atiraram no rosto e no pescoço do agricultor.
Barbosa era ligado ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Marabá. 
Durante anos, ele liderou um grupo de famílias que ocupava uma fazenda 
na região. Como o imóvel não foi desapropriado para reforma agrária, o 
grupo deixou a propriedade.
O trabalhador rural, segundo a CPT, voltou a morar na área urbana de 
Marabá e ajudou a organizar uma ocupação no bairro de Nova Marabá, onde 
morava. Apesar de viver na cidade, o líder comunitário estava atualmente
 na coordenação de um grupo de famílias que ocupa uma fazenda em 
Jacundá, município próximo a Marabá. De acordo com a CPT, o dono da 
fazenda já havia contratado pistoleiros para impedir a ocupação das 
terras.
 
 
 
