Quarta, 31 de agosto de 2011
Da Agência Brasil
Débora Zampier - Repórter
A corregedora-geral de Justiça, Eliana Calmon, decidiu hoje
(30) abrir uma investigação para apurar se o Tribunal de Justiça do Rio
de Janeiro (TJ-RJ) foi negligente em relação ao assassinato da juíza
Patrícia Acioli. Ela foi morta a tiros no dia 12 de agosto quando
chegava em sua casa em Niterói.
A corregedora entendeu que a apuração é necessária porque, apesar de o
tribunal negar que tenha sido negligente e que a escolta foi retirada
após avaliação em 2007, a família da juíza afirmou que os pedidos por
mais segurança foram ignorados. A apuração do CNJ não ocorrerá sob
sigilo e vai ouvir todos os citados em matérias jornalísticas sobre o
assunto.
Caso sejam identificados indícios de negligência nas apurações iniciais
feitas pela corregedoria, o CNJ poderá abrir processo administrativo
para julgar os envolvidos.
O Conselho também decidiu hoje manter uma liminar que garantiu proteção
para a juíza pernambucana Fabíola Menezes. O julgamento havia sido
suspenso na semana passada por um pedido de vista. Assim como a juíza
assassinada, Fabíola Menezes também estava envolvida em processos contra
policiais militares e afirmou ter recebido ameaças no interior do
estado.