Segunda, 29 de agosto de 2011
Não se fala de forca na casa de enforcado. Não se fala de cassar deputado em casa onde existem muitos deles que merecem a mesma punição.
A deputada federal Jaqueline Roriz (PMN) acredita que não será cassada pelo plenário da Câmara amanhã (30/8). Seus aliados acham que o argumento de que o crime (o recebimento de dinheiro de Durval Barbosa) por ter ocorrido antes de a deputada assumir o mandato, e o risco que a sua cassação trás para muitos deputados, vai impor aos seus pares o voto a favor da filha de Joaquim Roriz.
Os deputados federais temem que a cassação da deputada se constitua num precedente que pode resultar em outras cassações no futuro. Se ela perder o mandato por quebra da ética e do decoro antes de ter assumido o cargo de federal, muitos de seus colegas poderão no futuro acabar cassados.
A cassação de Jaqueline foi requerida pelo Psol e está neste partido os poucos parlamentares que abertamente pedem o expurgo da deputada da Câmara.
Apanhada pelas câmaras indiscretas do cinegrafista de safadezas do cerrado, Durval Barbosa, metendo a mão em R$50 mil, a deputada será julgada pelos seus colegas amanhã, terça-feira.
Numa Casa com o perfil ético que tem a Câmara, poucos acreditam realmente que a parlamentar brasiliense venha a perder o mandato.
De qualquer forma, haverá pressão amanhã para que os deputados votem pela cassação. O movimento Reaja Brasília está convocando a população para manifestação nesta terça-feira, às 15 horas no Anexo 3 da Câmara.
É verdade que se fosse a Corrida da Cerveja mobilizaria 30 mil pessoas, como aconteceu neste final de semana.
Mas contra a corrupção...só esperando para ver o que acontece.