Terça, 30 de agosto de 2011
Da Radioagência NP
Moradores e pescadores do bairro de Santa Cruz, no
 Rio de Janeiro, protestam contra a Companhia Siderúrgica do Atlântico 
(CSA), empreendimento da Vale e da alemã ThyssenKrupp. Eles denunciam os
 impactos socioambientais do projeto e cobram posicionamento do 
secretário estadual de Meio Ambiente, Carlos Minc. Os atingidos pela 
siderúrgica encerraram, nesta terça-feira (30), o acampamento de cinco 
dias em frente à Secretaria de Estado do Ambiente (SEA).
A siderúrgica entrou em funcionamento no último ano e, desde então, 
vem causando danos à saúde da população e à pesca artesanal do entorno. 
Os moradores relatam que as “chuvas de pó de prata”, composta de 
partículas de ferro e carbono, são constantes na região. Essa poluição 
provoca sintomas como alergia, manchas na pele, dor de cabeça e 
sangramento no nariz.
A CSA já foi multada pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e 
sofreu auto de infração pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF). Ela 
também é alvo de nove ações civil públicas e um inquérito no Ministério 
Público Federal (MPF).
Os moradores aguardam a realização de uma audiência pública no bairro
 e a próxima audiência sobre o caso da Comissão Especial da Assembleia 
Legislativa do Rio de Janeiro, marcada para esta quarta-feira (31). A 
Comissão apura “possíveis irregularidades” do governo estadual e do Inea
 na concessão de licenciamento ambiental à CSA.
De São Paulo, da Radioagência NP, Vivian Fernandes.
 
 
 
