Sexta, 6 de julho de 2012
Da Agência Brasil
Brasília – Os servidores federais em greve deliberaram pela ampliação
da greve, depois de um comunicado do Ministério do Planejamento que
anunciou o corte do ponto de todos os funcionários desde o dia 18 de
junho, quando começou a paralisação. A decisão foi tomada hoje em
assembleia com a presença de representantes de 12 órgãos federais na
Esplanada dos Ministérios, em Brasília. A reunião foi organizada pelo
Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Distrito Federal
(Sindsep-DF).
"O servidor não pode ser intimidado e prejudicado por exercer um
direito como o da greve. Vamos manter a paralisação", disse o
coordenador-geral do Sindsep-DF, Oton Pereira Neves.
De acordo com Carlos Henrique Bessa Ferreira, diretor do Sindsep e da
Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsep), os
servidores do Executivo que estão em greve são: Fundação Nacional de
Saúde (Funasa), Ministério da Saúde , Ministério do Planejamento,
Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério da Integração Nacional,
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Ministério
do Desenvolvimento Agrário, Ministério da Justiça, Fundação Nacional do
Índio (Funai), Ministério da Agricultura, Arquivo Nacional, Instituto
Nacional de Propriedade Industrial e Hospital das Forças Armada.
O servidor do Ministério da Saúde, Carlos Eduardo Corte, reclamou da
postura do governo. “Estamos firmes. Os servidores do executivo estão
desvalorizados. Estamos cansados da enrolação do governo, isso é
desrespeito com o servidor e, principalmente, com a população, que é que
está sendo afetada com a suspensão dos serviços por causa da greve".
Os servidores reivindicam e equiparação de salário e benefícios com os
servidores do Legislativo e Judiciário. Os grevistas também querem
concursos públicos, contratação de servidores, a criação de plano de
carreira, data-base no dia 1º de maio, e melhores condições de trabalho.