Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Vangelis: Lembranças de Brizola, de Juazeiro (BA) e dos primeiros tempo do PT na Bahia

Quinta, 12 de julho de 2012


Texto do leitor que assina Vangelis, postado na área de Comentários do Bahia em Pauta esta segundaa-feira, 12, (sobre o artigo político “Mudança de Percepção”, assinado por Ivan de Carvalho). Sentimentos e informações que merecem o espaço principal de notícias e opinião do BP. Confira.
(Vitor Hugo Soares, editor)
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Lula, Maluf(e Haddad):”uma foto simbólica”
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“Disse o saudoso Brizola: “Cuidado com o sapo barbudo, vive num pântano, é escorregadio e mentiroso”


Foram muitos sinais dessa mudança, a saída dos intelectuais do partido, Chico Oliveira, Plinio de Arruda e outros, a forma ditatorial da executiva nacional(que controla a maior central sindical a CUT e dentro dela a maior corrente sindical chamada de ARTICULAÇÃO) para com os seus filiados, vide as atitudes tomadas contra as Senadoras Heloisa Helena e Marta Suplicy, escanteada para viabilizar a candidatura do Hadad a Prefeito de São Paulo.

Hoje, também, foi publicada a anulação da convenção do PT de Juazeiro, pela executiva nacional, e consequentemente a candidatura a Prefeito do Joseph Bandeira a fim de manter as alianças com o PCdoB com vistas às eleições em Salvador, que de sobra levou de arrastão a candidatura de Alice Portugal do PCdo B.

Em Recife outro imbroglio com o Mauricio Rands candidato a Prefeito, foi preterido pelo partido, entregou o mandato de deputado federal e desfiliou-se do PT. Com isso preserva-se para uma futura filiação ao PSB do Governador Eduardo Campos.

Com tudo isso o maior sinal dessa mudança foi a aliança árabe formada pelos “emires” de São Paulo Maluf e Hadad promovida pelo Lula estampada na foto que ficará para a história como o símbolo da transformação desse partido que um dia foi formado por bases de trabalhadores.

Lembro-me de 1979, dia e mês caíram no esquecimento, no auditório do Colégio Antonio Vieira, a reunião convocada pelos sindicatos baianos onde foi apresentado o projeto da criação de um partido que representasse os trabalhadores, tendo em vista que os partidos de esquerda estavam na clandestinidade. Lula e várias lideranças da esquerda alí presente onde houve uma votação simbólica para criação do partido a partir das bases dos trabalhadores. Alí eu estava, por puro acaso, como delegado sindical e ficou apenas na minha lembrança o meu voto contrário a esse partido. Não fui vidente, somente hoje vejo que estava correto naquele NÃO”
(VANGELIS)