Sexta, 19 de abril de 2013
Preso com Lula por liderar greves no
ABC, presidente do PSTU critica infiltração de arapongas nos movimentos
sociais, cobra coerência do PT e pede a Dilma a extinção da Abin
Zé Maria
Neste mês de abril, completaram-se 49 anos do golpe militar
que colocou o país sob o jugo de uma ditadura por duas décadas. Foram
anos de prisões arbitrárias, execuções e torturas. Não só contra aqueles
que se insurgiram por meio das armas, mas também, o que nem sempre é
lembrado, contra o movimento sindical e popular. Nos arquivos dos
organismos de repressão, como o Departamento de Ordem Política e Social
(Dops), há farta documentação sobre como os movimentos sociais eram
permanentemente vigiados e monitorados. A ditadura caiu, mas muitos de
seus aspectos ainda não.
Uma reportagem do jornal O Estado de S. Paulo mostra como
alguns entulhos autoritários insistem em seguir existindo. De acordo com
o jornal, que teve acesso a documentos sigilosos, o Gabinete de
Segurança Institucional (GSI) contatou a Agência Brasileira de
Inteligência (Abin) para monitorar o movimento sindical nos portos do
país, com ênfase no porto de Suape, em Pernambuco. A preocupação do
governo era as mobilizações contra a Medida Provisória (MP 595) que
alterou o marco regulatório da exploração dos portos.