Domingo, 24 de abril de 2013
Da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Um dos acusados do assassinato da juíza Patrícia
Acioli, o policial militar (PM) Carlos Adílio Maciel Santos será julgado
na próxima terça-feira (16) no 3º Tribunal do Júri de Niterói, na
região metropolitana da capital fluminense. O réu responde pelo crime de
homicídio triplamente qualificado e formação de quadrilha armada.
Durante o julgamento, estão previstos depoimentos de oito testemunhas.
Adílio é um dos 11 policiais militares acusados de envolvimento na
morte da magistrada. O policial estava preso quando o crime ocorreu, em
agosto de 2011. Carlos Adílio responde na Auditoria de Justiça Militar
pelo desvio de munições do 7º Batalhão da Polícia Militar, no bairro de
Alcântara, em São Gonçalo, também na região metropolitana.
Em janeiro deste ano, a Justiça do Rio condenou três policiais por
participação no crime, também por homicídio triplamente qualificado e
formação de quadrilha. Eles receberam penas distintas, todas em regime
de reclusão inicialmente fechado. O cabo Jefferson de Araújo Miranda foi
condenado a maior pena, 26 anos de prisão. O cabo Jovanis Falcão foi
condenado a 25 anos e seis meses, e o soldado Junior Cezar de Medeiros, a
22 anos e seis meses.
Em dezembro de 2011, ocorreu o julgamento do primeiro réu, o cabo da
PM Sérgio Costa Junior, um dos executores do crime. Costa Junior
decidiu colaborar com as investigações, e obteve o beneficio da delação
premiada. Ele teve a pena reduzida em 15 anos, e foi condenado a 21 anos
de prisão em regime fechado.
Carlos Adílio, os quatro já condenados e os seis policiais também
acusados de participação aguardam decisão do Superior Tribunal de
Justiça (STJ) sobre recurso em relação ao julgamento. Entre os apontados
como mentores do crime estão: o ex-comandante do Batalhão de Polícia
Militar de São Gonçalo, o tenente-coronel Cláudio Luiz Silva, e o
tenente Daniel Santos Benitez Lopes.
Patrícia Acioli era responsável pelo Tribunal do Júri de São
Gonçalo. Ela foi executada com 21 tiros na porta de casa em um
condomínio em Piratininga, na região oceânica de Niterói, quando voltava
do Fórum de São Gonçalo, na região metropolitana do Rio. A juíza tinha
47 anos de idade e era conhecida por atuar no combate a crimes cometidos
por milicianos e policiais.