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(Millôr Fernandes)

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Escritor João Ubaldo Ribeiro morre aos 73 anos no Rio de Janeiro

Quinta, 18 de julho de 2014
Da Tribuna da Bahia
Foto: Divulgação
João Ubaldo Ribeiro

Morreu na madrugada desta sexta-feira (18) o escritor João Ubaldo Ribeiro, aos 73 anos. O acadêmico, que estava em sua casa, no Rio de Janeiro,  foi vítima de uma embolia pulmonar.

João Ubaldo deixa quatro filhos — dois do casamento com Mônica Maria Roters e outros dois com Berenice de Carvalho Batella Ribeiro.

Em nota de pesar, o governador Jaques Wagner lamentou a morte do escritor. "A obra deixada por João Ubaldo Ribeiro nos auxilia, neste momento, a superar a dor pela sua perda. Imortal das academias de letras do Brasil e da Bahia, irônico e bem-humorado, soube como poucos desvendar as entranhas da epopeia brasileira. Sua crítica social muitas vezes incomodava, porém também apontava caminhos. Ubaldo é leitura essencial para quem quiser contribuir para a construção de uma sociedade melhor. Minhas condolências aos familiares e amigos", disse o governador. 

Nascido em Itaparica, na Bahia, dia 23 de janeiro de 1941, uma quinta-feira, na casa de seu avô materno, à Rua do Canal, número um, João Ubaldo Osório Pimentel Ribeiro era filho primogênito de Maria Felipa Osório Pimentel e Manoel Ribeiro. O casal teria mais dois filhos: Sonia Maria e Manoel.
Era o 7º ocupante da cadeira número 34 da Academia Brasileira de Letras (ABL) e autor de livros como “Viva o Povo Brasileiro”, “A casa dos budas ditosos”,”Sargento Getúlio” e “O sorriso do  lagarto”.


Em 2008, João Ubaldo Ribeiro ganhou o prêmio Camões, considerado o mais importante da literatura em língua portuguesa.

Formou-se em direito pela UFBA-Universidade Federal da Bahia. Era pós-graduado em Administração Pública pela mesma universidade e mestre em Administração Pública e Ciência Política pela Universidade da Califórnia do Sul.

Foi repórter do Jornal da Bahia e, depois, redator, colunista, editorialista, chefe de reportagem e editor-chefe da Tribuna da Bahia.

Suas obras foram adaptadas para o cinema, a televisão e o teatro

Para o cinema -- Sargento Getúlio. Direção de Hermano Penna, 1983.

Para a televisão
-- O Sorriso do Lagarto
. Adaptação de Walter Negrão e Geraldo Carneiro. Direção de Roberto Talma. Rede Globo, 1991.
-- O Santo Que não Acreditava em Deus (caso especial). Direção de Roberto Talma. Rede Globo, 1994. -- O Compadre de Ogum (minissérie). Do romance Os Pastores da Noite, de Jorge Amado. Direção de Roberto Talma. Rede Globo, 1994. -- O Poder da Arte e da Palavra (teleteatro – Brasil especial). Com Geraldo Carneiro. Direção de Tizuka Yamazaki. Rede Globo, 1994. -- A Maldita (caso especial). Do conto “Patrocinando a arte”. Direção de Reinaldo Boury. Rede Globo, 1995. -- Danada de Sabida (terça nobre). Do conto “O artista que veio aqui dançar com as moças”. Com Geraldo Carneiro. Direção de Reinaldo Boury. TV Bahia, 1997.

Para o teatro
-- A casa dos Budas Ditosos.
Adaptação e Direção de Domingos de Oliveira, 2003 - 2010. Protagonizado pela atriz Fernanda Torres.