Quarta, 2 de julho de 2014
Os manifestantes dizem que ao menos seis pessoas, duas delas
advogados ativistas, foram presos
Um dos detidos teria desmaiado dentro da viatura, após
sofrer agressões
O advogado Daniel Biral ao ser detido. / Marlene Bergamo/Folhapress
Talita Bedinelli
Do El País
Um ato em
protesto contra a prisão arbitrária de manifestantes e a repressão policial
terminou nesta terça-feira, em São Paulo, com novas pessoas detidas, duas delas
de um grupo de advogados ativistas que, segundo a polícia, teriam cometido
desacato à autoridade. testemunhas afirmam que eles pediram a identificação de
Policiais Militares que estavam sem o nome, algo que não é permitido.
O grupo de
cerca de 300 pessoas era formado na maioria por estudantes e funcionários da
Universidade de São Paulo (USP), onde trabalha Fábio Hideki Harano, de 26 anos,
que foi preso com outro ativista após um ato no último dia 23 de junho, em São
Paulo. Os manifestantes acusam a Polícia Militar de ter plantado provas contra
ele, com o objetivo de intimidar os movimentos sociais que têm protestado desde
junho do ano passado, quando os grandes atos começaram a tomar as ruas. A
versão foi confirmada pelo padre Júlio Lancelotti, um conhecido ativista pelos
direitos humanos, que presenciou a prisão de Harano, em um vídeo divulgado pelo
grupo Advogados Ativistas, que têm circulado na internet.
Dois dos
presos no ato desta terça, Daniel Biral e Silvia Daskal, faziam parte desse
grupo de defensores, que auxilia os detidos nos protestos.