Paulo Metri – conselheiro do Clube de Engenharia e colunista do Correio da Cidadania
A Petrobras vem sendo
esquartejada por bandidos, há anos. Eles visam roubar a coletividade para
usufruírem mais bens materiais e maior poder político. Além disso, no estágio
atual da humanidade, o ladrão de sucesso, aquele que rouba sem ser descoberto,
deve se sentir orgulhoso perante sua categoria, pela esperteza demonstrada.
Quem sabe o quanto a Petrobras já foi roubada, desde priscas eras, é o
engenheiro Pedro Celestino Pereira, que escreveu o artigo “Em defesa da
Petrobras” [leia aqui].
Mal comparando, porque
muitos terroristas têm crenças, que podem ser consideradas erradas, mas seus
métodos violentos de destruição do inimigo lembram muito os assaltantes do
Estado brasileiro, ou seja, os usurpadores da nossa sociedade.
A Petrobras caricatura,
sem ter esta intenção, a exploração das empresas estrangeiras no nosso país,
mostra com ênfase as imperfeições destas empresas, salienta seus traços
grotescos de não contribuição para o desenvolvimento nacional, como as empresas
nacionais contribuem. A Petrobras não remete lucro para o exterior, não paga
preços superfaturados de importações da matriz, até porque pertence à sociedade
brasileira. Assim como não subfatura as exportações para a matriz, não finge
comprar assistência técnica para transferir mais lucro para fora, não traz
equipamentos, engenharias e modelos obsoletos para aumentar a rentabilidade de
projetos aposentados nos países de origem.
Nos anos 90, encapuzados
neoliberais de caneta-metralhadoras nas mãos, invadiram a empresa, tentando
matá-la, buscando trocar seu nome, vendendo suas ações em fóruns hostis ao
nosso povo, buscando fatiá-la como preparação para a privatização futura, tudo
para a glória do líder supremo, o capital internacional. Os encapuzados
gritavam: “vamos vingar os anos de rebeldia com o impuro monopólio estatal e
sem a sagrada competição”. Competição esta regulada por seguidores do
fundamentalismo neoliberal, colocados nos cargos do governo brasileiro pelos
próprios terroristas.
Trabalhadores da empresa,
comprometidos com a sociedade e de visão cristalina, foram expurgados pelos
adeptos da religião radical. Outros, com instinto de sobrevivência, se
subordinaram aos novos mandamentos, apesar de não crerem no novo livro sagrado.
Alguns se tornaram adeptos fanáticos desta religião, pois, desde criancinhas,
graças a seus DNA, eram adoradores da esperteza para o acúmulo da capital.
Trata-se de um embate de
diferentes culturas. De um lado, aquela que privilegia a ganância, com
princípios como: deve-se comprar onde for mais barato, mesmo que não seja uma
compra local; nada de ajudar ao atingimento de políticas públicas; dilapide-se
o patrimônio coletivo, por exemplo, através de um programa de desinvestimento;
crie-se um exército de traidores do povo, dentro do Estado brasileiro, para
influenciar em decisões governamentais de grande repercussão para a sociedade,
como as decisões de leilões de petróleo ou de fixação do percentual do lucro da
atividade petrolífera a ser destinado para o Fundo Social. Já a outra cultura,
que se choca com a da ganância, é a da solidariedade, cujas características são
intuitivas, não precisando de explicações.
Os encapuzados
neoliberais atacaram não só a Petrobras, mas todo o Estado brasileiro, com a
corrupção dos núcleos Al-Qaeda no congresso nacional, que aprovava leis em
detrimento do interesse do povo, com os talibãs da comunicação a desinformarem
e alienarem os brasileiros. E, assim, dilapidaram boa parte da riqueza nacional
já constituída.
Agora, surgem uns
alienados roubando também a empresa, que, como células perdidas do terrorismo
neoliberal são verdadeiros broncos, ladrões de galinha nada sutis, tanto que
foram descobertos, mas até ajudaram a dissimular a atuação dos seguidores do
grande capital internacional. Ajuda que inspira a possibilidade de se
identificar o ocorrido como operação da CIA e NSA.
Eu não sou somente
Petrobras. Mais que tudo, sou sociedade brasileira!