Que se cuide o
governador Rollemberg. Ele assumiu compromisso durante a campanha eleitoral de
realizar eleições diretas para a escolha dos administradores regionais. É
também autor de projeto no Senado, com o mesmo sentido. Mas o que se vê no
momento é uma guerra, não santa, para indicar nomes para as Administrações.
Claro que ninguém
espera que o governador promova a escolha direta ainda nos primeiros meses do
seu governo. Mas não pode é quebrar sua promessa, jogando a escolha para
o dia que nunca há de vir.
No momento há um
frisson nas várias regiões administrativas. Vale quase tudo. Ou tudo. Vale aos
pretendentes todo tipo de loby e correria para ser apadrinhado por distritais e
outros políticos. Reuniões são realizadas por uns tais de autodenominados
conselhos comunitários. ‘Entidades’ normalmente de um só dono, ou quando muito
controlado por grupelhos, se reúnem para ‘tirar’ nomes para apresentar ao
governador.
As redes sociais são
usadas para se elogiar fulanos e sicranos, e queimar beltranos. Notas são
plantadas lá e acolá. Figuras que serviram como verdadeiros sabujos a
praticamente todos os ex-governantes do DF, são agora rodriguistas desde criancinhas.
E uma impressão fica:
Nenhuma dessas figuras, ou pelo menos a grande maioria, acredita que haverá
escolha direta do povo para o cargo de administrador regional. Acham elas —as figuras— que
caindo agora na graça do governador, terão pelo menos quatro anos de cargo. E ainda
mais, se cacifando para garantir prestígio e boquinhas após as eleições de 2018.
Pessoal de visão, esse que disputa hoje à tapa e chutes o cargo de
administrador regional.
Que se cuide, então,
o governador. Que passe na peneira esse pessoal que se coloca como ‘enviados da
comunidade’. Quase uns ‘enviados de Deus’.
Se não o fizer, corre o risco de continuar a nomear e a exonerar auxiliares. Coisa péssima para um governo. E para um povo.