Segunda, 2 de março de 2015
Preparar a luta unificada em todo o país em defesa dos salários, direitos e emprego; contra as medidas 664 e 665 que atacam benefícios dos trabalhadores e o projeto de lei 4330 das terceirizações
Fonte: Central Sindical e Popular — Conlutas
A reunião da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas realizada
neste final de semana em São Paulo, entre outras resoluções, aprovou a
realização de um Dia Nacional de Lutas e Paralisações neste 6 de março,
sexta-feira.
O movimento dos trabalhadores precisa dar uma resposta
imediata aos ataques promovidos recentemente pelo governo Dilma Rousseff (PT).
Diante da crise econômica que se agrava, os trabalhadores são os primeiros a
sofrer as consequências. As empresas já começam a demitir sem que o governo se
manifeste; foi reeditado o Projeto de Lei 4330, que favorece as terceirizações,
que implica em retirada de direitos dos trabalhadores; as Medidas Provisórias
664 e 665 anunciadas no início deste ano atacam benefícios fundamentais como o
seguro-desemprego e o benefício das aposentadorias.
O ato nacional convocado para o Rio de Janeiro, na mesma
data, principalmente pela Fasubra e pelo Andes-SN, contra a privatização dos
serviços públicos, dos hospitais universitários e contra a Ebserh, também será
palco para o ato unificado que marcará este dia nacional de lutas. Haverá
caravanas de todo o país nesta atividade.
Assim, a CSP-Conlutas faz um chamado a todas suas entidades
e movimentos filiados e os movimentos que querem lutar, para que organizem
mobilizações nesta data. Podem ser panfletagens, assembleias, atos públicos,
manifestações, passeatas e paralisações onde for possível.
Os operários da construção civil de Belém (PA) já decidiram
que paralisarão os canteiros de obras e farão uma manifestação pelas ruas da
capital paraense. Os operários da construção civil de Fortaleza (CE) também
farão paralisações e, no fim da tarde, diversas categorias se unem às mulheres
para o ato antecipado do 8 de Março – Dia Internacional de luta da Mulher; e,
no interior, param as atividades os professores de Juazeiro. Em Minas Gerais,
também já estão organizando o dia 6. Na Helibras, nas metalúrgicas de São João
Del Rey, Itajubá, Itaúna e Divinópolis já têm paralisações marcadas, assim como
os gráficos de Alterosa; diversas categorias farão um ato naPraça Sete às 14
horas e, em seguida, às 16 horas, se juntam ao ato pelo Dia Internacional da
Mulher. Em outros estados também estão sendo preparadas mobilizações para esta
data.
Resolução aprovada pela Coordenação
impulsiona dia 6 de março e se distancia do movimento de direita
“O aprofundamento da crise política e econômica exige uma
resposta classista por parte dos trabalhadores” afirma a resolução aprovada
na reunião da Coordenação defendendo a luta dos trabalhadores contra os ataques
que vem sendo desferidos pelo governo Dilma Rousseff.
“As últimas semanas foram marcadas pela intensificação da
crise econômica e política e por processos de mobilização dos trabalhadores,
dentre eles as greves dos servidores do Paraná, dos operários da GM de São José
dos Campos, de servidores de várias partes do país e ainda por mobilizações
como a dos trabalhadores demitidos do Comperj e a paralisação e bloqueios de
estradas realizadas pelos caminhoneiros”, resgata o documento.
Na avaliação dos presentes, a indignação entre os
trabalhadores, o povo mais pobre e os setores médios vem crescendo rapidamente.
As medidas de ajuste fiscal e, sobretudo, os ataques ao seguro desemprego, PIS,
pensões, combinado com o aumento da inflação e do custo de vida são elementos
importantes para esse descontentamento, que se agravam com o aumento
generalizado dos preços dos alimentos e das tarifas, a falta de água e
possibilidade de apagão, as demissões e notícias de corrupção, principalmente
na Petrobrás, com a Operação Lava Jato. As Medidas Provisórias 664 e 665 são o
exemplo mais acabado, ao retirarem direitos de viúvas, desempregados, familiares
de presos e doentes.
A polarização entre o governo e a oposição de direita está
cada vez mais em evidência e reafirma a necessidade política de construção de
um campo de luta, independente do governo e da direita, “que se apoie nas
mobilizações da classe trabalhadora, para levantar um programa e lutar em
defesa do emprego e dos direitos ameaçados”, resgata a resolução aprovada
pela Coordenação, ao defender o 6 de março como dia de luta em contraposição à
convocação do dia 15 de março convocado pelo PSDB e a direita.
Um chamado à unidade para construir um
dia de paralisação nacional rumo à Greve Geral!
A reunião da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas também aprovou um chamado amplo de unidade para lutar, dirigido em especial às centrais sindicais majoritárias e demais organizações sindicais e populares do nosso país.
A reunião da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas também aprovou um chamado amplo de unidade para lutar, dirigido em especial às centrais sindicais majoritárias e demais organizações sindicais e populares do nosso país.
A CSP-Conlutas defende que é hora de começar a preparar uma
grande greve geral no país com as diversas centrais sindicais e entidades que
representam os trabalhadores, os movimentos populares, os que lutam contra as
opressões e a juventude. É preciso juntar a todos! É importante construir essa
luta em torno de uma plataforma unificada contra o ajuste fiscal e as reformas
dos governos federal, estaduais e municipais. Isso se traduz na luta pela
revogação das MP's 664 e 665, pelo arquivamento do PL 4330 das terceirizações,
pelo fim das demissões e pela redução da jornada de trabalho sem redução de
salários, em defesa da Petrobrás 100% Estatal e a exigência de punição,
confisco dos bens e prisão de todos os corruptos e corruptores, desde o governo
FHC, contra os cortes no orçamento das verbas destinadas às áreas sociais e
pela suspensão do pagamento da dívida pública aos banqueiros.
Confira AQUI a íntegra da resolução.