Quinta, 3 de março de 2016
Os gestores são: Rafael de Aguiar Barbosa, ex-secretário de Saúde do DF; José de Moraes Falcão, ex-subsecretário de Administração Geral da SES-DF; Roberto José Bittencourt, ex-subsecretário de Atanção à Saúde; Vicente de Paulo Silva de Assis, ex-diretor da Diase/SÃS/SES-DF; Carlos Maurício Libânio Diniz, ex-gerente de apoio diagnóstico Nuri/Diase/SÃS/SES-DF.
Os gestores são: Rafael de Aguiar Barbosa, ex-secretário de Saúde do DF; José de Moraes Falcão, ex-subsecretário de Administração Geral da SES-DF; Roberto José Bittencourt, ex-subsecretário de Atanção à Saúde; Vicente de Paulo Silva de Assis, ex-diretor da Diase/SÃS/SES-DF; Carlos Maurício Libânio Diniz, ex-gerente de apoio diagnóstico Nuri/Diase/SÃS/SES-DF.
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Do MPDF
Do MPDF
Desde
2013, equipamento médico para detecção de câncer está encaixotado no
Hospital de Base, causando prejuízos aos pacientes e aos cofres públicos
As Promotorias de Justiça de Defesa da
Saúde (Prosus) e de Defesa do Patrimônio Público e Social (Prodep)
ajuizaram, em fevereiro, ação de improbidade administrativa contra cinco
ex-gestores da saúde no Distrito Federal pela compra irregular de
equipamento para diagnóstico de câncer, o PET/CT (ou PET Scan). Desde
2013, o aparelho, que custou R$ 3 milhões, está ocioso, aguardando a
infraestrutura necessária para instalação e funcionamento.
Na ação, o Ministério Público do
Distrito Federal e Territórios (MPDFT) demonstra que a aquisição do
equipamento foi feita sem o devido processo licitatório, sem
planejamento técnico e sem estudos prévios. A Diretoria de Engenharia
Clínica de Equipamentos Médicos da Secretaria de Saúde (SES),
responsável por emitir os pareceres técnicos, também não foi consultada
previamente.
“Não se discute o acerto ou não da
aquisição, mas a forma como foi feita, sem qualquer planejamento e com
especificações técnicas que não foram justificadas pela necessidade da
rede pública de saúde e dos pacientes. O propósito era direcionar a
escolha para determinado fornecedor, em prejuízo do caráter competitivo
do certame”, enfatiza a promotora de Justiça Marisa Isar.
Prejuízo aos pacientes -
Auditoria do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TC-DF),
encaminhada à Prosus pelo Ministério Público de Contas (MPC-DF),
demonstra as falhas no processo de compra. Segundo parecer da
procuradora-geral do MPC-DF, Cláudia Fernanda Pereira, “a situação
enseja severa crítica: é como se começasse a construir uma casa pelos
móveis! Lamentavelmente, contudo, tal fato não representa uma novidade
na gestão pública, que é justamente a área que mais sofre com a falta de
equipamentos, insumos, profissionais”.
A rede pública de saúde gastou, entre
2014 e 2015, mais de R$ 132 mil com a contratação de exames na rede
privada em razão da falta de instalação do PET/CT, segundo levantamento
do MPC-DF. “Sem contar o prejuízo irreparável causado aos pacientes que
não puderam ter diagnóstico precoce porque não ingressaram com demandas
judiciais”, completa Marisa Isar.
Entenda o caso
O PET/CT foi adquirido pela SES em 2013
sem justificativas para a compra e sem o devido processo licitatório. O
equipamento encontra-se encaixotado porque, até o momento, a SES não
implantou estrutura necessária para colocá-lo em funcionamento. O
processo para a reforma do local só foi iniciado cinco meses após a
entrega do aparelho e ainda não foi concluído. Como o equipamento está
parado, a SES tem contratado emergencialmente, na rede privada, os
exames do PET/CT para pacientes que ingressam com ações judiciais,
gastando cerca de R$ 3 mil por exame. Por isso, além de responsabilizar
os envolvidos na compra, o MPDFT também cobra a implantação imediata do
aparelho.