Quarta, 7 de julho de 2021
Dias foi indicado ao cargo na Saúde pelo líder do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR) - Marcello Casal Jr/Agência BrasilEx-diretor de Logística da Saúde foi citado por Luiz Dominguetti na comissão como responsável pelo pedido de propina
Caroline Oliveira
Brasil de Fato | São Paulo (SP)
07 de Julho de 2021
Roberto Ferreira Dias é o depoente que senta nesta quarta-feira (7) no banco da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid.
Na posição de diretor de Logística do Ministério da Saúde, Dias teria cobrado uma propina US$ 1 por dose de vacina ao cabo da Polícia Militar de Minas Gerais, Luiz Dominguetti, durante a negociação de 400 milhões de unidades do imunizante produzido pelo laboratório britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford.
O valor apresentado por Dominghetti teria sido de US$ 3,50 por dose. Com a propina, Dias sugeriu que ele cobrasse US$ 4,50 por dose.
O pedido de propina foi feito, no dia 25 de fevereiro, durante um jantar no restaurante Vasto, no Brasília Shopping.
Com Dias, estavam presentes o coronel Marcelo Blanco e supostamente o coronel Alexandre Martinelli Cerqueira, ex-subsecretário de Assuntos Administrativos do Ministério da Saúde. Depois da denúncia apresentada por Dominguetti, Dias foi exonerado do cargo.
Dias foi indicado ao cargo na Saúde pelo líder do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR). O parlamentar está no centro da denúncia do deputado federal Luís Miranda (DEM-DF), sobre um suposto esquema de fraude na negociação para a compra de 20 milhões de doses do imunizante Covaxin.
A negociação estava sendo realizada entre o Ministério da Saúde e a empresa brasileira Precisa Medicamentos, que seria a responsável pela venda da vacina no Brasil, produzida pelo laboratório indiano Bharat Biotech.
Assista ao depoimento ao vivo pelo Youtube do Brasil de Fato: