Elevação do limite de isenção do Imposto de Renda para R$ 5 mil não faz parte do pacote que vigorará a partir de janeiro/2025, e o governo vinculou a medida a uma futura aprovação, pelo Congresso Nacional, de tributar os super ricos.
Hoje, o governo federal divulgou o pacote de cortes de gastos exigido pelo “mercado” (ou seja, pelos rentistas da dívida pública), que inclui a limitação do crescimento do salário mínimo a ínfimos 2,5% reais, em grave ataque a dezenas de milhões de trabalhadores, aposentados e beneficiários assistenciais. Caso essa regra estivesse em vigor desde o início do Plano Real (julho de 1994), o salário mínimo atual seria de apenas R$ 1.095,10, ao invés dos R$ 1.412 definidos em janeiro/2024.
A redução nos gastos resultante das medidas desse pacote, que recai sobre os mais vulneráveis, deve ser de R$ 30,6 bilhões já em 2025.
Por outro lado, a proposta a ser enviada ao Congresso Nacional, referente à tão propagandeada elevação do limite de isenção do Imposto de Renda para R$ 5 mil, está fora desse pacote de hoje. É apenas um anúncio de que tal proposta deverá ser enviada posteriormente ao Congresso, vinculada à aprovação de tributação dos super ricos, para compensar a perda de receita.
É importante ressaltar que, recentemente, a Câmara rejeitou tributar esse setor, derrubando proposta de Imposto sobre Grandes Fortunas.
Os textos dos projetos de lei ainda não saíram, o que dificulta a análise das medidas, baseada neste momento em telas divulgadas pelo governo (veja aqui). Quando as propostas formais forem divulgadas pelo governo, a Auditoria Cidadã da Dívida divulgará nova análise.
NÃO AO ATAQUE AOS TRABALHADORES PARA PRIVILEGIAR RENTISTAS !
AUDITORIA DA DÍVIDA JÁ!