Quarta, 13 de novembro de 2024
Do Distrito Federal, dos oito deputados federais, apenas a deputada Erika Kokai (PT) e Reginaldo Veras (PV) assinaram o projeto. Os demais seis deputados candangos têm se notabilizado por uma constante postura contra benefícios aos que estão na parte de baixo da pirâmide socioeconômica. Por isso mesmo, estão sendo referidos nas redes sociais como a “bancada high Society”, aquela que não demonstra maiores preocupações com os problemas sociais.
Por Chico Sant’Anna
Até a manhã dessa quarta-feira,13/11, o sistema interno da Câmara dos Deputados registrava a 194 assinaturas em apoio à proposta de emenda constitucional que pretende abolir a jornada laboral de 44 horas de trabalho semanal, com apenas uma folga a cada sete dias. É a chamada jornada 6 x 1. Para tramitar na Câmara, o texto precisava do apoio de ao menos 171 dos 513 deputados, ou de 27 dos 81 senadores. O texto poderá agora ser analisado e votado pelos deputados e, em seguida, pelos senadores. De autoria da deputada Erika Hilton (PSOL-SP), a PEC virou tema maior nas redes sociais e muitos parlamentares foram sensibilizados a assiná-la. Entretanto, dentre os oito parlamentares que representam o Distrito Federal, seis não tinham expressado apoio à PEC. Apenas o Prof. Reginaldo Veras (PV-DF) e Erika Kokai (PT-DF) assinaram.
Bancada high society
Os deputados Alberto Fraga e Bia Kicis (ambos do PL), Gilvan Máximo, Fred Linhares e Júlio Cesar Ribeiro (todos os três do Republicanos) e Rafael Prudente (MDB) não tinham assinado. Chama a atenção a posição desses três deputados do Republicanos, pois essa não é uma posição do partido. Na tribuna do Senado, a proposta foi defendida pelo o senador mineiro Cleitinho (Republicanos): “qual o problema de fazer algo que realmente vai defender o trabalhador?”, indagou ele, conforme revelou o Correio Braziliense.