Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)
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domingo, 27 de março de 2016

Pátria Educadora: Censo Escolar revela que 3 milhões de alunos entre 4 e 17 anos estão fora da escola

Domingo, 27 de março de 2016
Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil

Os dados do Censo Escolar de 2015 mostram que as matrículas diminuíram em todas as etapas de ensino, menos na creche, que atende as crianças até os 3 anos de idade. Os números refletem a queda da população, em geral, que tem reduzido entre criança e jovens, mas, de acordo com especialistas ouvidos pela Agência Brasil, refletem também desafios para o sistema educacional. São 3 milhões de crianças e jovens de 4 a 17 anos fora das salas de aula, e que, por lei, deverão ser incluídos até este ano. O censo foi divulgado nessa semana pelo Ministério da Educação (MEC).

sábado, 18 de julho de 2015

Chega de enganação do povo!


Sábado, 18 de julho de 2015
Do Correio da Cidadania
http://www.correiocidadania.com.br
Escrito por Frei Marcos Sassatelli*

Mais um cara de pau de primeiro escalão!

Na edição do Diário da Manhã de sábado, dia 11 deste mês, Antônio Faleiros, com o artigo “A revolução das Organizações Sociais”, sentiu-se no dever de criticar, com certa ironia, o meu artigo “Não à‘terceirização’ e à ‘militarização’ da Educação Pública”, publicado no dia anterior no mesmo jornal, esclarecendo, segundo ele, “afirmações que não condizem com a realidade da saúde pública e da educação em Goiás” e dizendo que o autor do artigo (Frei Marcos Sassatelli) está “amparado no desconhecimento sobre as Organizações Sociais (OSs)”.
O artigo de Antônio Faleiros (que - tudo indica - foi escrito a mando do governador Marconi Perillo, em defesa das Secretarias Estaduais da Saúde e da Educação) é uma sequência de mentiras deslavadas do começo até o fim, a começar pelo título. É muita cara de pau! O articulista deve estar usando a palavra “revolução” com o mesmo sentido que tinha à época da ditadura civil e militar. Os “ditadorezinhos” de plantão - que não conhecem nada da vida do povo, não escutam a sua voz e agem sempre com autoritarismo - existem hoje também. Aliás, só para citar um exemplo, quem foi capaz de praticar a barbárie do Parque Oeste Industrial (um verdadeiro massacre, que até hoje continua impune) é capaz de tudo. Só não vai ser capaz de impedir a justiça de Deus. Aguardem!

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Pós-graduação vai às Ruas no Rio de Janeiro! Pátria Educadora mutila a produção de conhecimento nas Universidades Federais! Novo corte de verbas na Educação

Quarta, 15 de julho de 2015
Da Tribuna da Imprensa
Por Daniela Abreu




A produção de conhecimento público é o coração de um país, e é na Pós-graduação que o sangue é constantemente bombeado a cada pesquisa e tese que nasce. Atacar diretamente as verbas públicas de pós-graduação pode ser um golpe fatal.
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, a Capes, anunciou no dia onze de julho um novo corte de verbas que ameaçaria as atividades de pós-graduação e pesquisa das universidades federais brasileiras. Comunicado que apresenta o agravamento da situação das universidades que sofrem desde o início do ano com falta de verba após o governo Dilma retirar do orçamento da educação 600 milhões ao mês.

sábado, 20 de dezembro de 2014

Ensino Superior: Prouni criou milionários em troca de má qualidade na educação

Sábado, 20 de dezembro de 2014
Ter um sistema de Ensino Superior composto por universidades públicas com um leque maior de opções de cursos e universidades privadas não lucrativas seria bem mais adequado e produtivo. Nos países mais desenvolvidos, esse é o modelo dominante. O Brasil possui ambas, mas elas são minoria, justamente porque se elas fossem maioria não haveria espaço para esse setor voltado estritamente para o lucro, sem preocupação maior em ofertar educação de qualidade.
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Sociólogo Wilson de Almeida questiona incentivos públicos à inclusão de estudantes de baixa renda em universidades privadas que ofertam ensino "pasteurizado"

Criado em 2004, o Programa Universidade para Todos (ProUni) já garantiu mais de 2 milhões de bolsas de estudo parciais e integrais em universidades privadas a estudantes brasileiros de baixa renda. Ao lado do Financiamento Estudantil (Fies), o programa é uma importante maneira de assegurar qualificação profissional a jovens que, historicamente, dificilmente conseguiriam espaço em universidades públicas, seja pela forma como os vestibulares se estruturam, seja por problemas em sua formação básica...
 
A lógica emergencial do Prouni, construído para suprir a baixa oferta de vagas em universidades públicas, tem reflexos diretos no modelo e na qualidade do ensino universitário brasileiro. Para o sociólogo Wilson Mesquita de Almeida, o Prouni ajudou a consolidar um modelo de Ensino Superior que prioriza o lucro em detrimento da qualidade. "Hoje, os fundos de investimento de educação reestruturam as instituições, reduzindo custos, com o corte de professores e outras medidas que influenciam na qualidade", afirma o sociólogo. "O resultado é evidente: o maior grupo educacional não usa livros, mas apostilas, que saem mais barato. Existe uma pasteurização dos conteúdos didáticos oferecidos aos alunos."
 
Autor de Prouni e o Ensino Superior Lucrativo em São Paulo, Almeida afirma que os incentivos fiscais oferecidos às universidades privadas pelo Prouni transformaram pequenas universidades em grandes grupos de educação com ações comercializadas na Bolsa de Valores. “A transferência de dinheiro público continua a pleno vapor, agora fazendo novos milionários que vendem seus grupos a investidores estrangeiros e nacionais", argumenta.

Fonte: Blog do Sombra / Carta Capital, por Marcelo Pellegrini

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

O petróleo NÃO garantirá os 10% do PIB para a Educação

Quinta, 15 de agosto de 2013

Da Auditoria Cidadã da Dívida 

Hoje, 14/8/2013, a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei (PL) 323/2007, que destina para a área de educação e saúde os royalties do petróleo. Porém, tal destinação somente ocorrerá no caso de novos contratos de exploração, ou seja, referentes a poços de petróleo leiloados a partir de 3/12/2012. Apenas em alguns poucos casos a educação receberá recursos de poços já leiloados. 

Dessa forma, não passa de mera ilusão a ampla propaganda que vem sendo feita a respeito da destinação de 100% dos royalties para educação, tendo em vista que apenas os royalties de futuras explorações de petróleo poderão ter essa destinação.


A tabela a seguir mostra o que de fato está projetado para ser investido em educação, conforme dados da Consultoria Legislativa, evidenciando que na melhor das hipóteses o que foi aprovado hoje representará apenas 0,6% do PIB para educação em 2022, e cifras ainda menores nos anos anteriores:


Considerando que atualmente apenas 5% do PIB atual são investidos em educação, os recursos advindos do PL-323 aprovado hoje ainda ficarão muito distantes das demandas sociais refletidas na campanha que requer “10% do PIB para Educação Pública Já!”.

 Além disso, o referido PL obriga a realização dos odiosos leilões do petróleo, como condição para que a educação receba essa ínfima parcela de recursos. No último leilão, em maio/2013, uma riqueza de cerca de 3 trilhões de dólares (segundo o SINDIPETRO) foi arrematada por um valor 2.143 vezes inferior à avaliação, ou seja, por R$ 2,8 bilhões. É evidente o dano ao patrimônio brasileiro, que está sendo entregue a diversas petroleiras (inclusive multinacionais)

Importante observar também que os royalties do Pré-Sal corresponderão a apenas 15% do valor da produção, contrariando os argumentos governistas de que este petróleo seria como um “bilhete premiado”, e que por isso o país deveria ter acesso a uma parcela significativa desta riqueza. Dessa forma, a maior parte da riqueza do Pré-Sal sequer faz parte do PL-323, e pode ficar com as empresas transnacionais do petróleo.

Em votação anterior da Câmara, havia sido aprovado que a União receberia um mínimo de 60% do chamado “excedente em óleo” (ou seja, o lucro da exploração do Pré-Sal, que abastece o “Fundo Social”), porém, na negociação de hoje, este dispositivo foi excluído. O governo definiu um mínimo de 41,65% para o próximo Leilão, rebaixando ainda mais a participação nacional.

De acordo com o projeto aprovado hoje, as áreas de educação e saúde ficarão com 50% dos recursos do principal do Fundo Social do Pré-Sal, e não apenas do rendimento deste Fundo, como vinha denunciando a Auditoria Cidadã da Dívida desde a aprovação da Lei 12.351/2010. Justamente essa parte que seria positiva para o País será objeto de questionamento por parte do governo, que já anunciou que irá apresentar projeto de lei para reverter esta decisão da Câmara. Desta forma, corre-se o risco de que os recursos do Fundo sejam direcionados para papéis podres, que inundam o mercado financeiro internacional em tempos de crise global.

É preciso ressaltar também que o próprio governo Federal já mostrou que não costuma respeitar as leis que definem a destinação dos recursos dos royalties. Em 2008, a União destinou cerca de R$ 20 bilhões em royalties – que deveriam ter financiado áreas como o Meio Ambiente e Ciência e Tecnologia – para o pagamento da dívida pública, amparado no questionável art. 13 da Medida Provisória 450 (já convertida na Lei 11.943/2009). Portanto, nada impede que o governo se utilize novamente deste artifício para retirar estes recursos da educação para beneficiar ainda mais os rentistas da dívida pública.

As discussões fundamentais sobre a questão do petróleo não fazem parte do PL-323, por exemplo:

-       Por que as petroleiras transnacionais ficam com a maior parte da riqueza do petróleo brasileiro?

-       Por que faltam recursos para educação, saúde e demais áreas sociais, em flagrante desrespeito ao art. 6o da Constituição Federal?

-       Considerando que o pagamento de juros e amortizações da dívida tem absorvido, por ano, cerca de 17% do PIB, por que não se realiza uma completa auditoria dessa dívida, como manda o art. 26 do ADCT da Constituição, até hoje não cumprido?

É evidente que o debate sobre a destinação de recursos para educação no PL-323 cria uma cortina de fumaça para encobrir a enorme entrega de recursos públicos em flagrante desrespeito à Constituição.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Exigimos escolas, hospitais, segurança pública, no "padrão FIFA"

Quarta, 26 de junho de 2013
Pressionando Governo Federal, Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal.

Exigimos escolas, hospitais, segurança pública, no "padrão FIFA".

Abaixo-assinado por ONG Rio da Paz
 
Os estádios de futebol brasileiros estão agora no "padrão Fifa", o que demandou investimento imenso e obsceno de verba pública. O esplendor dessas arenas esportivas, que emergiram perante os olhos de milhares de brasileiros, contrasta com o estado de penúria das nossas escolas, hospitais, estradas, transporte público, redes de esgoto, presídios, sistema de segurança pública, condições de moradia de milhares pobres.
O povo brasileiro foi atingido na alma ao ver a sétima economia do mundo manifestar vontade política para construir e reformar campos de futebol e não demonstrar o mesmo empenho visando a solução de problemas sociais crônicos, que historicamente têm atravessado todos os governos, e que nos envergonham perante o mundo.
Exigimos que as três esferas do poder executivo brasileiro -Município, Estado e União-, apresentem planejamento transparente seguido de -cronograma tornado público- visando elevar os serviços públicos acima mencionados ao padrão dos países desenvolvidos.
Em suma, queremos democracia associada a justiça social. Anelamos pelo cumprimento da Constituição Federal. Desejamos que os gastos públicos sejam determinados por uma hierarquia de valores, cujo ponto de partida seja o direito à existência digna. Sonhamos em viver num país onde a vida humana tenha valor.

Assine em change.org

domingo, 5 de maio de 2013

Pesquisa da USP mostra desinteresse de alunos em seguir o magistério [também com o salário que se paga aos professores!]

Domingo, 5 de maio de 2013
Yara Aquino, 
Repórter da Agência Brasil
Uma pesquisa feita na Universidade de São Paulo (USP) mostra que metade dos alunos de licenciatura nas áreas de matemática e física não pretende ou tem dúvidas quanto a seguir a carreira de professor de educação básica. Dos que cursam licenciatura em física, 52% não pretendem ser professores ou tem dúvidas. Em matemática, o percentual é 48%. A pesquisa ouviu um total de 512 estudantes recém-ingressantes da USP, incluindo também alunos de pedagogia e medicina.

A pesquisa Atratividade do Magistério para a Educação Básica: Estudo com Ingressantes de Cursos Superiores da USP, da pedagoga e mestre em educação pela Faculdade de Educação da USP Luciana França Leme selecionou as duas disciplinas de licenciatura em função da escassez de professores nas áreas de exatas. A estimativa do Ministério da Educação (MEC) é que o déficit de professores nas áreas de matemática, física e química seja de cerca de 170 mil.

A baixa remuneração do magistério, as más condições de infraestrutura das escolas e o desprestígio social da profissão estão entre os motivos apontados pelos estudantes para a falta de interesse em seguir a carreira. Segundo a pedagoga, a dificuldade de implementar em sala de aula o ensino da matemática e da física e a concorrência com profissões como as do mercado financeiro também afastam das salas de aula quem se forma nessas áreas.

“Pesquisados disseram que escolheram o curso porque gostam de matemática e física. Mas gostar é uma coisa, outra é o ensino dessas matérias que engloba habilidade como o pensar a matemática, as ciências, e saber ensinar a matemática e verificar como o aluno está aprendendo”, destacou. “Outro fator é o mercado de trabalho. Um aluno formado na USP, nessas disciplinas, pode trabalhar com pesquisa, pós-graduação, no mercado financeiro. A profissão de docente acaba concorrendo com outras opções”, disse Luciana França Leme. A questão de gênero também é apontada pela pesquisadora. “Física e matemática tem muitos alunos homens e as mulheres seguem mais a carreira de professor.”

Na avaliação da pesquisadora, reverter esse quadro de desinteresse pelo magistério requer um plano de atratividade com metas claras e de longo prazo. “É importante uma articulação de vários fatores, igualar os salários com os de profissionais com a mesma formação, reconhecimento e fortalecimento profissional, e despertar o interesse pela profissão ao longo da vida estudantil”, disse.
 
A carência de professores nas áreas de exatas como matemática, física, química e biologia é uma preocupação do Ministério da Educação (MEC) que elabora um programa para, desde o ensino médio, atrair os estudantes a seguirem o magistério nessas áreas. O programa terá oferta de bolsas de auxílio e parceria com universidades, como adiantou o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, ao participar de audiência pública na Câmara dos Deputados, em abril.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Royalties do Petróleo: para a educação ???

Terça, 4 de dezembro de 2012
Notícias diárias comentadas sobre a dívida – 4/12/2012

Nos últimos dias, o governo divulgou amplamente a idéia de que vai destinar 100% dos royalties do Petróleo para a Educação. Membros do governo têm afirmado que esta medida permitiria a obtenção dos tão almejados 10% do PIB para a Educação.

Porém, analisando-se a Medida Provisória 592, editada ontem, verifica-se que apenas uma pequena parte dos royalties irá para esta área social. No caso dos atuais royalties, nada muda, ou seja, não há nenhum incremento de recursos  para a educação.

No caso da futura exploração do petróleo no “Pré-sal”, verifica-se que os royalties representarão apenas 15% do valor da produção, o que não condiz com as recentes afirmações do governo de que o “Pré-sal” seria como um “bilhete premiado” e que por isso o Estado deveria ficar com grande parcela do valor da produção.  Em países que são grandes produtores de petróleo, tal percentual chega a 70% ou mais.

Além do mais, destes 15%, nada menos que 78% irão para estados e municípios, sem nenhuma obrigatoriedade de aplicação na educação. Somente 22% destes 15% (ou seja, apenas 3,3% do valor da produção do “Pré –sal”) irão para o chamado “Fundo Social”, do qual, em tese, 50% iriam para a educação. Portanto, temos somente 1,65% do “Pré-sal” para a educação.

Porém, analisando-se a Medida Provisória, verifica-se que não é verdade que 50% dos recursos do Fundo Social iriam para a educação. Na realidade, os recursos do “Fundo Social” não irão para as áreas sociais, mas para aplicações financeiras preferencialmente no exterior, e somente o rendimento das mesmas é que irá para áreas sociais. Deste rendimento, aí sim, 50% iriam para a educação. Se é que haverá rendimento, pois em tempos de crise global, tais recursos podem ser aplicados em papéis que se mostrem podres do dia para a noite. Especialmente porque os bancos internacionais estão abarrotados destes papéis, esperando alguém que compre estes “micos”.

A destinação de 100% dos royalties para a educação somente ocorrerá no caso de futuros contratos de concessão, ou seja, quando novos poços de petróleo – localizados fora do “Pré-sal” – forem entregues à iniciativa privada. Ou seja: é preciso que se leiloe os atuais poços de petróleo para que a educação receba recursos. Dentro deste esquema, criado por FHC em sua lei 9.478/1997, os principais lucros ficam com as petroleiras privadas e multinacionais, dentre as quais se inclui a Petrobras, que distribui seus dividendos aos seus sócios privados e ao governo federal que, segundo a lei 9.530/1997, deve destinar tais lucros ao pagamento da dívida pública.

Ainda que todos os poços de petróleo em operação atualmente no país fossem leiloados novamente à iniciativa privada, obteria-se cerca de R$ 27 bilhões anuais em royalties, que representam 0,6% do PIB, insuficientes para se aumentar dos atuais 5% para 10% do PIB aplicados anualmente em educação.

Auditar a dívida para garantir 10% do PIB para a Educação

Em 2011, o governo federal destinou R$ 708 bilhões para o pagamento de juros e amortizações da dívida pública, o que correspondeu a 45% de todos os gastos do Orçamento Geral da União. Este valor gasto com a dívida significou 17% do PIB, ou seja, mais que o triplo dos recursos necessários para se ampliar de 5% para 10% do PIB os recursos anualmente destinados para a educação.

Neste ano de 2012, até o final de outubro a dívida já tinha consumido R$ 709 bilhões, ou seja, mais que todo o gasto de 2011. Isto ocorre apesar da tão falada queda na taxa de juros “Selic”, dado que, atualmente, apenas 24% dos títulos da dívida interna de responsabilidade do Tesouro Nacional estão vinculados a esta taxa, conforme mostra a tabela da Secretaria do Tesouro Nacional (quadro 2.5).

Nesta mesma tabela (quadro 4.1) verifica-se que o custo médio da dívida pública federal interna está em cerca de 11% ao ano, ou seja, bem mais que a Taxa Selic, atualmente em 7,25% ao ano.

Portanto, os gastos com a dívida aumentam apesar da tão falada “queda dos juros”. Somente uma profunda auditoria (prevista na Constituição de 1988, porém, jamais cumprida) poderá rever o enorme estoque do questionável endividamento público brasileiro, que cresce ano a ano, devido principalmente ao ilegítimo mecanismo de “juros sobre juros”.

domingo, 24 de julho de 2011

Universidades federais têm 53 obras paradas

Domingo, 24  de julho de 2011
Do Estadão
Projeto de expansão do ensino superior federal do Ministério da Educação esbarra em construções incompletas e licitações refeitas

Falta de sintonia. Na Universidade Federal Fluminense, em Niterói, construção de salas de aula não acompanhou crescimento do número de alunos

São moradias estudantis, laboratórios e salas de aula que consumiram alguns milhões de reais, mas ainda não estão prontas. De acordo com o ministério, porque construtoras e empreiteiras abandonaram canteiros, faliram e ficaram sem recursos para cumprir seus compromissos.

Como consequência, estudantes assistem às aulas em espaços improvisados, avançam em suas graduações sem laboratórios prontos, sofrem com falta de bibliotecas e locais para moradia.

A Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) é a que está com o maior número de obras paradas. São nove, que incluem de prédios de salas de aula no câmpus de Garanhuns a laboratórios, auditórios e bibliotecas do câmpus de Serra Talhada. Todas foram iniciadas, nenhuma delas foi inaugurada.

Leia mais.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Pesquisa sobre população com diploma universitário deixa o Brasil em último lugar entre 36 países

Sexta, 22 de abril de 2011

Da Agência Brasil 
Amanda Cieglinski - Repórter
Para concorrer em pé de igualdade com as potenciais mundiais, o Brasil terá que fazer um grande esforço para aumentar o percentual da população com formação acadêmica superior. Levantamento feito pelo especialista em análise de dados educacionais Ernesto Faria, a partir de relatório da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), coloca o Brasil no último lugar em um grupo de 36 países ao avaliar o percentual de graduados na população de 25 a 64 anos.

Os números se referem a 2008 e indicam que apenas 11% dos brasileiros nessa faixa etária têm diploma universitário. Entre os países da OCDE, a média (28%) é mais do que o dobro da brasileira. O Chile, por exemplo, tem 24%, e a Rússia, 54%. O secretário de Ensino Superior do Ministério da Educação (MEC), Luiz Cláudio Costa, disse que já houve uma evolução dessa taxa desde 2008 e destacou que o número anual de formandos triplicou no país na ultima década.

“Como saímos de um patamar muito baixo, a nossa evolução, apesar de ser significativa, ainda está distante da meta que um país como o nosso precisa ter”, avalia. Para Costa, esse cenário é fruto de um gargalo que existe entre os ensinos médio e o superior. A inclusão dos jovens na escola cresceu, mas não foi acompanhada pelo aumento de vagas nas universidades, especialmente as públicas. “ Isso [acabar com o gargalo] se faz com ampliação de vagas e nós começamos a acabar com esse funil que existia”, afirmou ele.
Costa lembra que o próximo Plano Nacional de Educação (PNE) estabelece como meta chegar a 33% da população de 18 a 24 anos matriculados no ensino superior até 2020. Segundo ele, esse patamar está, atualmente, próximo de 17%. Para isso será preciso ampliar os atuais programas de acesso ao ensino superior, como o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), que aumentou o número de vagas nessas instituições, o Programa Universidade para Todos (ProUni), que oferece aos alunos de baixa renda bolsas de estudo em instituições de ensino privadas e o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies), que permite ao estudantes financiar as mensalidades do curso e só começar a quitar a dívida depois da formatura.

“O importante é que o ensino superior, hoje, está na agenda do brasileiro, das famílias de todas as classes. Antes, isso se restringia a poucos. Observamos que as pessoas desejam e sabem que o ensino superior está ao seu alcance por diversos mecanismos", disse o secretário.

Os números da OCDE mostram que, na maioria dos países, é entre os jovens de 25 a 34 anos que se verifica os maiores percentuais de pessoas com formação superior. Na Coreia do Sul, por exemplo, 58% da população nessa faixa etária concluiu pelo menos um curso universitário, enquanto entre os mais velhos, de 55 a 64 anos, esse patamar cai para 12%. No Brasil, quase não há variação entre as diferentes faixas etárias.
O diagnóstico da pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP) e especialista no tema Elizabeth Balbachevsky é que essa situação é reflexo dos resultados ruins do ensino médio. Menos da metade dos jovens de 15 a 17 anos está cursando o ensino médio. A maioria ou ainda não saiu do ensino fundamental ou abandonou os estudos. “Ao contrário desses países emergentes, a população jovem que consegue terminar o ensino médio no Brasil [e que teria condições de avançar para o ensino superior] é muito pequena”.

Como 75% das vagas em cursos superiores estão nas instituições privadas, Elizabeth defende que a questão financeira ainda influencia o acesso. “Na China, as vagas do ensino superior são todas particulares. Na Rússia, uma parte importante das matrículas é paga, mas esses países desenvolveram um esquema sofisticado de financiamento e apoio ao estudante. O modelo de ensinos superior público e gratuito para todos, independentemente das condições da família, é um modelo que tem se mostrado inviável em muitos países”, comparou ela.

A defasagem em relação outros países é um indicador de que os programas de inclusão terão que ser ampliados. Segundo Costa, ainda há espaço – e demanda – para esse crescimento. Na última edição do ProUni, por exemplo, 1 milhão de candidatos se inscreveram para disputar as 123 mil bolsas ofertadas. Elizabeth sugere que os critérios de renda para participação no programa sejam menos limitadores, para incluir outros segmentos da sociedade.
“Os dados mostram que vamos ter que ser muito mais ágeis, como estamos sendo, fazer esse movimento com muita rapidez porque, infelizmente, nós perdemos quase um século de investimento em educação. A história nos mostra que a Europa e outras nações como os Estados Unidos e, mais recentemente, os países asiáticos avançaram porque apostaram decididamente na educação. O Brasil decidiu isso nos últimos anos e agora trabalha para saldar essa dívida”, disse a pesquisadora.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Brasil não liga para a educação

"Estudo da OCDE aponta que investimento por aluno é quatro vezes menor no Brasil

Relatório divulgado hoje (8) pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) aponta que o gasto médio por estudante na educação básica entre os países-membros é de US$ 6,4 mil. No Brasil, o custo com um aluno da mesma etapa é quatro vezes menor: US$ 1,5 mil.

Os dados são referentes aos anos de 2006 e 2007. Participaram do estudo os 30 países membros da OCDE e um grupo de associados que inclui o Brasil, a Alemanha, Austrália, o Canadá, a Coreia do Sul, Espanha, os Estados Unidos, a Finlândia, França, o Japão, Chile, entre outros." Leia a matéria de Amanda Cieglinski, repórter da Agência Brasil