Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

domingo, 10 de janeiro de 2010

As 2 farsas de Arruda

Domingo, 10 de janeiro de 2010
Não precisávamos, nós os contribuintes do Distrito Federal e do Brasil, pagar mais de três milhões de reais para a escola de samba Beija-Flor mostrar no sambódromo do Rio de Janeiro, no carnaval, a cidade que JK criou. Afinal, Brasília está nas páginas dos jornais, páginas que, apesar de políticas, falam de roubos de milhões, compra de agentes públicos, crimes de empresários para se apoderarem do dinheiro que deveria ser aplicado no hospital, na escola, na segurança, no amparo à criança e aos jovens. E tudo também mostrado na TV. Nada de política e tudo de corrupção.
Nessa semana, em discurso num evento público, Arruda teve o desplante de mais uma vez pedir “perdão” do que ele chamou de “pecados”, mas que as leis brasileiras qualificam como crimes. Veja a seguir um parágrafo do editorial de hoje do jornal Folha de São Paulo que trata da corrupção no governo de Arruda/Demo-DF, e lembra do caso do crime do Painel do Senado.
Seria o caso de dizer que agora a história se repete como farsa; mas de farsa já se tratava no primeiro episódio - e as novas desculpas de Arruda mais parecem assemelhar-se a alguns sambas e boleros do passado, em que maridos incorrigíveis e boêmios contumazes prometem à mulher, com muita ginga e humildade, emendar-se da próxima vez.