Quarta, 13 de janeiro de 2010
Apesar da lambança na Câmara Legislativa do DF quanto à composição da CPI e das demais comissões que tratarão (ou tratariam?) da desbragada e descarada corrupção revelada por Durval Barbosa e seus magníficos vídeos e áudios, parece que nem tudo está perdido.
- O STJ, Superior Tribunal de Justiça, determinou a quebra de sigilos fiscal e bancário de um quase monte de pessoas. Olha só os premiados com a quebra de sigilo: Arruda, Prudente (o deputado da meia), Eurides Brito (a deputada da bolsa), Domingos Lamaoglia, (o da pasta, e que hoje é conselheiro do TCDF), Fábio Simão (chefe-de-gabinete de Arruda), José Luiz Valente (o arrogante ex-secretário de Educação). Também tiveram os sigilos fiscal e bancário quebrados as empresas Adler, Infoeducacional, CTIS, Unirepro, Instituto Fraterna e mais a tal Associação Brasiliense dos Amigos de Arruda.
- O STJ exige do secretário da Fazenda do governo Arruda, André Clemente, que entregue informações exatas e somente as que foram requeridas pelo Tribunal. Espertamente, na tentativa possivelmente de tumultuar e atrasar a apuração que corre no STJ, o governo Arruda mandou outras informações que não somente as solicitadas.
- O aperto acontece também no uso de recursos federais repassados para o governo de Arruda. A Controladoria-Geral da União (CGU) começou a fiscalizar esses recursos, muitos dos quais caíram nos caixas das empresas investigadas na Operação Caixa de Pandora. Pente fino vai ocorrer na Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Secretarias de Saúde, de Educação, de Justiça, de Desenvolvimento Social. O Tribunal de Contas do DF também está no encalço de possíveis irregularidades nos pagamentos feitos pelo governo Arruda às empresas citadas na Operação Caixa de Pandora.
- Corre desde o último dia 8, segunda-feira, na 7ª Vara de Fazenda Pública uma ação civil pública proposta pelo MPDFT (Ministério Público do Distrito Federal e Territórios) onde é requerido que os deputados distritais citados no inquérito da Caixa de Pandora sejam substituídos por seus suplentes. Os suplentes que devem assumir, segundo o PMDFT, não podem estar envolvidos no inquérito 650. A medida proposta pelo MP tem por objetivo garantir a imparcialidade nos trabalhos dessas comissões.