Quarta, 20 de janeiro de 2010
Parece que a casa está desabando totalmente. Depois das devastadoras cenas que mostram o governador Arruda recebendo dinheiro repassado pelo cinegrafista de coisas secretas (e erradas), Durval Barbosa, nem o vice-governador deverá escapar do terremoto que se abateu sobre o Executivo e o Legislativo do DF. E tem muita gente achando que ele pode inclusive entregar o cargo de vice-governador para fugir do foco das investigações e assim não prejudicar seus negócios.
Homem de mil negócios e empresas, Paulo Octávio (P.O.), já anunciou que não concorrerá ao governo do DF nas eleições deste ano. Em 2006 ele recebeu uma rasteira de Arruda e teve que se contentar com o cargo de vice. Compromisso assinado em 2006 por ele – P.O. -, por Arruda e pelos principais caciques nacional do PFL/Demo, garantia a legenda a ele na disputa para governador em 2010. Arruda, que não tem o forte de cumprir compromissos assumidos, dava no momento nova rasteira em P.O. e iria disputar a reeleição. Disputaria se não houvesse uma pedra no meio do caminho. Melhor, se não houvesse um DVD no meio do caminho. Um DVD nas mãos da Polícia Federal e que o mostrava levando dinheiro ensacado.
Disputar o Senado ou um cargo de deputado federal ainda pode estar nos planos de P.O. Governador, não. Claro que ele não deseja que os problemas da corrupção no DF contaminem seus negócios. Tanto ele como suas empresas foram acusados por Durval Barbosa, o da delação premiada, de participarem da suposta corrupção no governo Arruda.
O que causa estranheza em muitos é a não expulsão de P.O. pelo Demo. Depois de forçar as desfiliações de Arruda e de Leonardo Prudente (o deputado da meia), o Demo se retraiu e se finge de morto quanto aos problemas com Paulo Octávio.