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(Millôr Fernandes)

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Correios investiram só 24% da verba em 2010, diz Planejamento

Quinta, 14 de outubro de 2010
Do Contas Abertas
Leandro Kleber

Em meio a possibilidade do governo demitir a cúpula da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), indicada em agosto pela ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, números do orçamento da estatal mostram que a situação continua longe da ideal. Dos R$ 640 milhões previstos para investimentos (execução de obras e compra de equipamentos) este ano, somente R$ 151 milhões foram desembolsados pela ECT até agosto, ou seja, 24% do total. A informação foi divulgada pelo Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Dest), órgão do Ministério do Planejamento.

Na reunião de coordenação na segunda-feira (11) entre o presidente Lula, o vice-presidente José Alencar e os ministros Paulo Bernardo (Planejamento), Nelson Jobim (Defesa), Franklin Martins, (Comunicação Social), Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência) e Carlos Eduardo (Casa Civil), o tema sobre a demissão da diretoria dos Correios foi debatido. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o governo só não o fez ainda porque avalia o impacto da medida na candidatura de Dilma Rousseff (PT) ao Planalto.

Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos do Distrito Federal (SINTECT-DF), Moysés Leme, o principal problema da ECT hoje é a falta de planejamento. Segundo ele, indicações políticas e interesses pessoais prejudicam a gestão da empresa. “Os Correios deveriam ter um planejamento acima dos interesses pessoais e políticos dos diretores e presidente da empresa. [...] A irresponsabilidade administrativa e política é um crime contra e empresa, a sociedade e os trabalhadores. Faltam dirigentes de carreira compromissados com o projeto de universalização dos serviços postais”, avalia.

Leia a íntegra da reportagem.

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