Quarta, 24 de novembro de 2010
Do site "Auditoria Cidadã da Dívida"
O Jornal Estado de São Paulo comenta que a futura presidente Dilma Rousseff deve escolher para a Presidência do Banco Central o economista Alexandre Tombini, um nome que tem a confiança dos ex-presidentes do BC Gustavo Franco e Armínio Fraga – que dirigiram o banco na Era FHC - e também de Henrique Meirelles, atual presidente. Tombini também é aprovado pelo “mercado financeiro”.
Em 1999, Tombini foi um dos formuladores do “sistema de metas de inflação” - que constou de Cartas de Intenção ao FMI assinadas pelo governo FHC – e desde 2005 participa das reuniões do COPOM, definindo as taxas de juros do país.
Conforme demonstrou a recente CPI da Dívida na Câmara dos Deputados, neste “sistema de metas de inflação”, o Banco Central faz reuniões periódicas com “analistas independentes” – dos quais a maior parte são representantes dos rentistas – para projetar variáveis como a taxa de inflação, que se ameaçar passar da meta (atualmente de 4,5% ao ano) deve ser contida por altas taxas de juros. Mesmo se as causas da inflação forem os preços administrados pelo próprio governo, ou problemas de oferta de alimentos.
Além do mais, conforme também mostrou a CPI da Dívida, as altas taxas de juros tornam mais difíceis os investimentos, o que reduz a oferta futura de produtos, gerando, aí sim, inflação, fazendo com que o BC novamente opte por usar as altas taxas de juros para conter os preços, como em um círculo vicioso.
Conforme comentado nas edições anteriores desta seção, a presidente eleita Dilma Rousseff já garantiu que, qualquer que seja o próximo presidente do Banco Central, o sistema de metas de inflação continuará. Portanto, continua "tudo como dantes no Quartel de Abrantes".
O Portal G1 divulga o montante da dívida externa em outubro: US$ 343 bilhões, incluindo-se os chamados “empréstimos intercompanhias”, ou seja, as dívidas de filiais de multinacionais com suas matrizes no exterior. Somente em 2010, a dívida externa aumentou US$ 66 bilhões, tendo ultrapassado a barreira histórica dos US$ 300 bilhões no meio do ano.
Apesar de muitos argumentarem que a maior parte desta dívida é “privada”, cabe ressalvar que grande parte desta dívida “privada” é tomada por bancos e empresas nacionais para comprarem títulos da dívida interna, que rendem as maiores taxas de juros do mundo às custas do povo brasileiro.
Além do mais, estes empréstimos provocam a massiva entrada de dólares no país, que são comprados pelo Banco Central – às custas do aumento da dívida interna – que os aplica principalmente em títulos do Tesouro dos EUA, que não rendem quase nada. Além do mais, como o dólar tem se desvalorizado nos últimos anos, o Banco Central acaba ficando com o “mico”, ou seja, o dólar, enquanto o setor financeiro fica com ativos em reais. Isso gerou um prejuízo gigantesco ao BC em 2009, de R$ 147 bilhões.
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O Jornal Estado de São Paulo comenta que a futura presidente Dilma Rousseff deve escolher para a Presidência do Banco Central o economista Alexandre Tombini, um nome que tem a confiança dos ex-presidentes do BC Gustavo Franco e Armínio Fraga – que dirigiram o banco na Era FHC - e também de Henrique Meirelles, atual presidente. Tombini também é aprovado pelo “mercado financeiro”.
Em 1999, Tombini foi um dos formuladores do “sistema de metas de inflação” - que constou de Cartas de Intenção ao FMI assinadas pelo governo FHC – e desde 2005 participa das reuniões do COPOM, definindo as taxas de juros do país.
Conforme demonstrou a recente CPI da Dívida na Câmara dos Deputados, neste “sistema de metas de inflação”, o Banco Central faz reuniões periódicas com “analistas independentes” – dos quais a maior parte são representantes dos rentistas – para projetar variáveis como a taxa de inflação, que se ameaçar passar da meta (atualmente de 4,5% ao ano) deve ser contida por altas taxas de juros. Mesmo se as causas da inflação forem os preços administrados pelo próprio governo, ou problemas de oferta de alimentos.
Além do mais, conforme também mostrou a CPI da Dívida, as altas taxas de juros tornam mais difíceis os investimentos, o que reduz a oferta futura de produtos, gerando, aí sim, inflação, fazendo com que o BC novamente opte por usar as altas taxas de juros para conter os preços, como em um círculo vicioso.
Conforme comentado nas edições anteriores desta seção, a presidente eleita Dilma Rousseff já garantiu que, qualquer que seja o próximo presidente do Banco Central, o sistema de metas de inflação continuará. Portanto, continua "tudo como dantes no Quartel de Abrantes".
O Portal G1 divulga o montante da dívida externa em outubro: US$ 343 bilhões, incluindo-se os chamados “empréstimos intercompanhias”, ou seja, as dívidas de filiais de multinacionais com suas matrizes no exterior. Somente em 2010, a dívida externa aumentou US$ 66 bilhões, tendo ultrapassado a barreira histórica dos US$ 300 bilhões no meio do ano.
Apesar de muitos argumentarem que a maior parte desta dívida é “privada”, cabe ressalvar que grande parte desta dívida “privada” é tomada por bancos e empresas nacionais para comprarem títulos da dívida interna, que rendem as maiores taxas de juros do mundo às custas do povo brasileiro.
Além do mais, estes empréstimos provocam a massiva entrada de dólares no país, que são comprados pelo Banco Central – às custas do aumento da dívida interna – que os aplica principalmente em títulos do Tesouro dos EUA, que não rendem quase nada. Além do mais, como o dólar tem se desvalorizado nos últimos anos, o Banco Central acaba ficando com o “mico”, ou seja, o dólar, enquanto o setor financeiro fica com ativos em reais. Isso gerou um prejuízo gigantesco ao BC em 2009, de R$ 147 bilhões.
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