Quinta, 14 de julho de 2011
Da Radioagência NP 
Apenas 30% dos casos de resistência seguida de 
morte registrados nos últimos três meses, no estado de São Paulo, foram 
esclarecidos. No período, 129 pessoas morreram em supostos confrontos 
com policiais civis e militares e guardas metropolitanos. Somente em uma
 situação foi comprovada conduta ilegítima do policial, que foi preso e 
responde processo por homicídio.
O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) passou a investigar as ocorrências dessa natureza no mês de abril. A pressão popular cresceu após uma testemunha narrar a execução de um jovem – pelo Disk Denúncia – em um cemitério, no município de Ferraz de Vasconcelos.
Em Audiência Pública realizada recentemente na Assembleia 
Legislativa, o Comitê Contra o Genocídio da População Negra protocolou 
um documento com exigências endereçadas ao Governo do Estado e aos 
parlamentares. Entre elas, o fim dos autos de resistência seguida de 
morte.
No dia 13 de maio deste ano, policiais militares tentaram impedir uma
 manifestação organizada pelo Comitê, em frente ao Teatro Municipal, no 
centro de São Paulo. Eles apreenderam faixas e cartazes nos quais 
constavam denúncias sobre o elevado número de jovens mortos pela Polícia
 no estado.
De São Paulo, da Radioagência NP, Jorge Américo.
14/07/11
 
 
 
