Terça, 6 de setembro de 2011
Pronto! O que se temia aconteceu.
Bandidos comuns de Brasília aprenderam com os mestres. Enquanto esses últimos se dedicam a fazer arrastões na Esplanada dos Ministérios e adjacências, além de nos cofres do GDF, seus discípulos pobres agora fazem arrastões em quadras comerciais do Plano Piloto da cidade.
Ontem (5/9), enquanto uma quadrilha fazia arrastão nas comerciais das Quadras 209/2010 Norte outras quadrilhas, certamente, faziam seus arrastões sorrateiros nos cofres públicos. A quadrilha da Asa Norte usou armas. As outras quadrilhas usam o suborno. A primeira atua ostensivamente. As outras, furtivamente.
Os dois grupos são de bandidos, sendo que os mais perigosos são os que atacam os cofres públicos. Outra diferença é que enquanto arrastões em quadras comerciais rendem aos bandidos R$2 mil por operação, como foi o caso de ontem, os arrastões dos grandes mestres do crime de colarinho branco rendem milhões —algumas vezes até bilhões— de reais a cada investida.
Os “elementos” —para usar um jargão policial —das quadrilhas de rua aparecem nas páginas policiais. Já os “elementos” das outras quadrilhas mostram as caras nas colunas sociais e políticas (vocês já notaram que nunca os delegados e a imprensa se referem aos integrantes de bandos que atacam cofres públicos de “elementos” ou “indivíduos”?).