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(Millôr Fernandes)

terça-feira, 9 de abril de 2013

ANPR divulga nota de apoio a procurador federal que foi acusado por sindicato e associação de delegados da Polícia Federal

Terça, 9 de abril de 2013 
Nota de apoio ao procurador da República Helder Magno da Silva

09.04.2013

A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) vem a público manifestar apoio à exemplar atuação do procurador da República Helder Magno da Silva (PR/MG), acusado de arbitrariedade e leviandade pelo Sindicato dos Delegados de Polícia Federal em Minas Gerais (SINDPF/MG) e pela Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal em Minas Gerais (ADPF/MG), em nota divulgada na última sexta-feira, 5.


De forma desrespeitosa, as duas entidades tentam desqualificar o trabalho do membro que, no estrito exercício de suas funções institucionais – seguindo sua convicção jurídica, à luz dos elementos contidos nos autos e sem desbordar para adjetivações indevidas –, formulou proposta de transação penal contra o delegado de Polícia Federal Áquila Filizzola Neiva, imputando-lhe o delito de prevaricação.


A ANPR esclarece que o membro do MPF não atuou no procedimento investigatório anterior, instaurado para apuração dos supostos crimes de corrupção passiva imputados aos policiais rodoviários cuja atuação do delegado – que se negou a lavrar o auto de prisão em flagrante – resultou na denúncia apresentada pelo procurador da República. Além disso, como as próprias entidades afirmam, o inquérito policial do caso pende de conclusão, aguardando perícia de gravações feitas pela Corregedoria da Polícia Rodoviária Federal na ocorrência dos fatos.


O procurador da República Helder Magno da Silva (PR/MG), que integra o Grupo de Controle Externo da Atividade Policial, agiu no cumprimento das prerrogativas contempladas ao Ministério Público Federal pela Constituição que, entre outros pontos, prevê que a atuação policial deverá ser monitorada pelo órgão ministerial, como ferramenta que assegure a qualidade desse serviço à sociedade. É de se esperar que, por variadas vezes, os entendimentos e os questionamentos dos membros do Ministério Público, contrários ao interesses da corporação, não sejam bem recebidos pela categoria.

Vale ressaltar, ainda, que o juiz federal da 11.ª Vara Federal de Belo Horizonte chancelou por duas vezes o entendimento do procurador da República, tanto quando designou audiência preliminar para apresentação da proposta de transação penal ao delegado, como posteriormente, quando recebeu a denúncia.


Os procuradores da República não admitem que sejam feitas contra seus membros acusações descabidas que distorçam fatos. A ANPR afiança a seriedade e a imparcialidade da atuação do procurador da República Helder Magno da Silva (PR/MG). É dever de todos os representantes do Ministério Público trabalhar com destemor e na defesa dos princípios da República, da sociedade e do bem comum, independentemente de quem atente contra tais princípios.


Alexandre Camanho de Assis
Procurador Regional da República
Presidente da ANPR