Domingo, 30 de junho de 2013
Akemi Nitahara
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Um pequeno grupo de manifestantes conseguiu passar 
pelo bloqueio policial feito no entorno do Estádio Jornalista Mario 
Filho, o Maracanã, onde às 19h Brasil e Espanha decidem o título da Copa
 das Confederações. Eles se concentraram ao lado da entrada C do estádio
 e carregam faixas com frases: "Fora Cabral", referência ao governador 
do Rio, Sérgio Cabral, e "Somos Todos Aldeia Maracanã", em relação ao 
prédio do Antigo Museu do Índio ao lado do estádio.
O dentista Carlos Henrique Guimarães disse que conseguiu romper o 
bloqueio porque mora perto do Maracanã. "Pedimos a melhora nas condições
 da educação, o investimento de 10% do PIB [Produto Interno Bruto] para 
educação; contra a remoção dos índios da Aldeia Maracanã; além de 
melhoria na mobilidade urbana, segurança; e contra o modo como a polícia
 tem agido nas manifestações e nas favelas", disse.
A advogada Marilea Ormond, que trabalha no Instituto de Assistência 
dos Servidores Públicos do Estado do Rio de Janeiro (Iaserj) há 46 anos,
 veio ao Maracanã para protestar contra o fechamento do Hospital do 
Iaserj, na Avenida Henrique Valadares, no centro. Ela está acompanhada 
da mãe, dona Jacira dos Santos, de 95 anos, que era paciente do Iaserj.
"Estamos aqui em nome da saúde pública e contra o genocídio estadual 
dentro dos hospitais. O governador mandou retirar os pacientes do Iaserj
 para demolir o hospital, conseguiu acabar com 500 leitos e 44 
especialidades médicas”, declarou.
 
 
 
