Segunda, 24 de junho de 2013
23/06/201321
Por Mino Pedrosa
Enquanto
o Brasil explode nas ruas com manifestações reivindicando melhores
condições e preços nos transportes públicos urbanos, o Distrito Federal
fechou a Licitação mais polêmica da história, que corria há dois anos,
dando como vencedora do lote 5 a Piracicabana, uma empresa que vai
cobrar R$ 0,49 a mais do que a concorrente eliminada, nas linhas do Park
Way e Esafe, áreas consideradas estratégicas pelo Governo que prevê um
dos maiores crescimentos metropolitanos nos próximos anos para aquela
região. O QuidNovi revela com exclusividade a trama que foi engendrada
pelo grupo do Governador Agnelo Queiroz para levar R$ 40 bilhões dos
cofres públicos, para um único grupo de transporte coletivo , o de Nenê
Constantino, na Capital Federal nos próximos 20 anos.
O
computador de Galeno Furtado Monte, o homem que preside a maior e mais
polêmica licitação do GDF, na área de transporte urbano, revela uma
história que chama a atenção da Justiça e do Ministério Público Federal.
Foi na residência oficial da vice-governadoria, no Lago Sul, bairro
nobre de Brasília, que foi selado o destino de pelo menos R$ 40 bilhões
dos cofres públicos nos próximos 20 anos. Galeno foi convocado pela
cúpula da Capital, uma vez que a Licitação,comprometida por fraudes e
direcionamentos para empresas de um único grupo, corria o risco de vir à
baila, a partir das reportagens publicadas por este colunista no Jornal
de Brasília. Ali, era o começo do fim.
No
último dia 3 de junho Galeno chegou à vice-governadoria e deparou-se
com dois subsecretários de Transporte, José Augusto Pinto Junior, e Luiz
Fernando de Souza Messina, o vice-governador Tadeu Filipelli, o
procurador-chefe do GDF, e até o chefe da Polícia Civil. Galeno relata
os momentos de maior tensão e onde chegou até a fazer contato com o
governador Agnelo Queiroz.