Quarta, 9 de julho de 2014
Dyelle Menezes e Gabriela Salcedo
Diferentemente do Brasil, os últimos países a sediar a Copa
do Mundo optaram por taxar a Fifa ao invés de só esperar pelo retorno
financeiro do mega-evento. Enquanto o Brasil forneceu isenção total à entidade
e deixou de arrecadar cerca de R$ 1,1 bilhão, a Alemanha de 2006, por exemplo,
arrecadou pelo menos 108 milhões de euros com taxação de impostos, ou
aproximadamente R$ 326 milhões.
O valor recolhido pelo país europeu se deu pela taxação de
apenas alguns impostos dos quais consiste a sua legislação tributária: 7
milhões de euros foram conquistados com a taxação de 21,1% em cima dos bônus,
premiações e ganhos comerciais dos jogadores e treinadores não residentes no
país. Com diversos tipos de impostos sob atividades esportivas, foram pagos
outros 101 milhões de euros pela Federação Alemã de Futebol, a CBF da terra da
salsicha.
A África do Sul aliviou mais para o lado da Fifa e formou o
que foi apelidado de “bolha de isenção fiscal”. Nela, entraram as organizações
que a entidade considerou afiliada, licenciada, as emissoras de radiodifusão,
prestadores de serviço, patrocinadores, entre outros. O país deixava de aplicar
suas leis fiscais sobre mercadorias e serviços quando eram providos por meio do
site oficial da Fifa.
Apesar dessas concessões, um imposto sobre 15% sobre os
ganhos e prêmios dos jogadores e da equipe foram cobrados, além dos 14% sobre a
venda do ingresso, chamado VAT (value-added tax), imposto de valor agregado, o
que corresponderia com o brasileiro ICMS.
Leia a íntegra de 'Brasil inovou ao dar isenção fiscal total a Fifa'
Leia a íntegra de 'Brasil inovou ao dar isenção fiscal total a Fifa'