Domingo, 20
de julho de 2014
Se preferir, clique aqui e leia a entrevista diretamente no Blog Política Real
Meu sonho maior é aquela Brasília sonhada por
Juscelino, Lúcio Costa, Darcy Ribeiro. Mas o mais importante: tem dinheiro pra
fazer tudo isso. No orçamento de 2015, serão mais de R$ 30 bilhões. É dinheiro
que não acaba mais.”
Seguindo a trilha da campanha eleitoral que parece,
finalmente, ter começado e tomado conta das ruas do DF e das redes sociais,
essas que poderão ser decisivas nas eleições deste ano, o blog foi saber quem é
o candidato a deputado distrital pelo PSol, Chico Sant’Anna. Este tem sido o
comportamento adotado aqui, como forma de levar ao nosso eleitor o máximo de
informações sobre todos que estão na disputa eleitoral deste ano. Portanto, se
você gostaria de saber mais sobre algum candidato, nos escreva para fpaulalj@gmail.com indicando o nome dele,
que iremos atrás das informações para você, leitor.
Chico Sant’Anna é filho de engenheiro civil e de
professora de idiomas, chegou com os pais a Brasília, ainda bebê, em 1958,
muito antes de a cidade nascer. Cresceu com ela. Aqui se formou Jornalista.
Hoje, tem 56 anos e há 22 anos atua como Jornalista e Documentarista concursado
da TV Senado, trabalhou nos principais meios de comunicação do Brasil (TV
Globo, SBT, Manchete e Folha de São Paulo, dentre outros). Edita dois blogs: Brasília, por Chico Sant’Anna e Chico Sant’Anna e a Info Com. Possui
mestrado e doutorado e como pesquisador acadêmico, é na área de Comunicação
Pública uma referência nacional. Lecionou Jornalismo no UniCeub, Iesb e UnB.
Foi presidente do Sindicato dos Jornalistas do DF e vice-presidente das federações
Nacional de Jornalistas (Fenaj), Latino-americana de Jornalistas (Felap) e
vice-presidente mundial da Federação Internacional dos Jornalistas, com sede em
Bruxelas, e tem experiência na gestão pública, tanto em nível local, quanto
Federal.
Abaixo a longa, mas muito
interessante entrevista que ele concedeu a este blog. Vale conferir.
PR: Você é uma pessoa que conhece
Brasília como poucos, e de muitos anos, que análise você faz do momento
político no DF?
O país e Brasília passam por um momento delicado da
política nacional. Depois do fim da ditadura militar e da conquista da
autonomia política do Distrito Federal, a população acreditava em grandes
mudanças, num salto de qualidade.
A decepção com a maioria dos governos que tomaram assento
no Buriti é tão grande que hoje o desalento em votar é muito grande. E quando
se fala em Câmara Distrital, o que mais se ouve é o questionamento da sua
própria existência.
Mas a CLDF é uma casa importante para o perfeito
funcionamento das instituições em Brasília. É urgente passar das críticas aos
nossos deputados para uma retomada do seu papel central na vida da cidade.
É ela, a Câmara, que aprova os planos de ocupação e
desenvolvimento urbanos, como os polêmicos PPCUB, PDOT e LUOS que ai estão.
É ela, a Câmara, que estabelece as prioridades de gastos
por meio do orçamento.
É ela, a Câmara, que investiga os desmandos do governo com
comissões de inquérito.
Os deputados distritais têm o poder de convocar os
governantes a dar explicações dos seus atos.
É ela, a Câmara, que pode até destituir um governador.
Minha candidatura se coloca dentro de uma meta de luta por
um Legislativo transparente, comprometido com a ética, com o moderno,
interativo, que dialogue permanentemente com os eleitores. Ela visa que nosso
Legislativo redirecione as políticas públicas para um novo modelo de
desenvolvimento econômico, mais sustentável, menos poluente, menos predador e
baseado na produção do conhecimento, na potencialização do verde, no
fornecimento de serviços públicos de qualidade, no incremento do turismo e da
produção cultural. A juventude de Brasília possui os índices mais altos de
formação e qualificação. O modelo econômico deve dar oportunidade a ela.
PR: A sociedade brasileira, com o
surgimento de meios mais democráticos de comunicação, como as redes sociais,
começou a descobrir o verdadeiro sentido da palavra ética, também na política?
As redes sociais deram vozes a muitos cidadãos que não
tinham como expressar seus sentimentos, suas decepções, suas alegrias. A
imprensa em Brasília, além de estar nas mãos de uns poucos grupos econômicos,
foca só a Esplanada dos Ministérios e o Palácio do Buriti. Não há um jornalismo
focado no comunitário. O cidadão comum não tem voz. Para ser ouvido tinha que
fazer manifestações, bloquear estradas, fazer barricadas.
Com as redes sociais ele fala e cobra de seus governantes.
Denúncia, reivindica. E a ética na política é um dos temas que mais preocupa o
cidadão, pois ele sabe que sem ética no governo as prioridades sociais não
serão atendidas, os recursos públicos serão desviados, obras serão
superfaturadas, faltará medicamento nos hospitais, as escolas não serão
reformadas ou não terão professores. Uma administração pública sem ética
significa a população ter sua qualidade de vida, seu bem-estar prejudicados.
Por isso, defendo que sejam criados mecanismos de participação direta do
cidadão na administração pública. Mecanismos onde ele possa propor e fiscalizar
ações de governo.