Terça, 26 de agosto de 2014
Da Revista Época 
No filme, obtido por ÉPOCA e em poder do MP, o líder na corrida ao governo do DF, que pode ser cassado nesta terça-feira no TSE, afirma ter “90% de certeza” de que conseguirá o registro nos tribunais – e afirma que “está fazendo de tudo” para conseguir os votos
DIEGO ESCOSTEGUY, COM MARCELO ROCHA E MURILO RAMOS
            
            
            
            
            
          
          
          
        
          
            26/08/2014 16h48
            
            
              - Atualizado em
              26/08/2014 17h41
            
            
          
        
Estão em poder do Ministério Público do Distrito Federal dois vídeos 
que podem enterrar a candidatura de José Roberto Arruda (PR) ao governo 
de Brasília. Ele lidera as pesquisas destas eleições para voltar ao 
cargo, do qual saiu em 2010, depois de ser flagrado (também em vídeo) 
num esquema de corrupção. Os novos vídeos - duas câmeras filmando a 
mesma cena, de ângulos distintos - foram gravados na tarde da última 
quinta-feira. Registraram uma reunião entre Arruda e correligionários de
 Joaquim Roriz, também ex-governador de Brasília e desafeto de Arruda. O
 encontro aconteceu em Brasília, na casa do advogado Eri Varela, 
conselheiro de Roriz.
Arruda buscava o apoio do grupo de Roriz. Na conversa, que durou cerca 
de meia hora, revelou bastidores e táticas para impedir que o Tribunal 
Superior Eleitoral (TSE) confirme, nesta noite, a inelegibilidade dele, 
conforme decretou o Tribunal Eleitoral Regional de Brasília. Assegurou 
“ter dois votos” no TSE para o julgamento de hoje. Disse que “estava 
trabalhando tudo” para garantir os quatro votos que lhe salvariam a 
candidatura. Numa frase difícil de acreditar, afirmou que o 
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso estava “trabalhando” para 
convencer o ministro do STF Gilmar Mendes, que também está no TSE. 
Sugeriu trabalhar para “ter” o voto do ministro João Otávio Noronha, do 
Superior Tribunal de Justiça, outro que participa do julgamento do TSE 
nesta noite. Fala em “trabalhar” e “garantir" votos nos tribunais 
superiores como se fossem votos no Congresso ou nas eleições.Leia a íntegra
 
 
 
