Sábado, 23 de agosto de 2014
Do alfinete ao avião, tudo é produto do trabalho da classe trabalhadora.
Do site do PSTU
No dia a dia, na televisão, nas falas dos governos e políticos, desde
cedo, na família ou na escola, é reforçada a ideia de que com esforço e
estudo podemos subir na vida. Parece até que o emprego que custamos
conseguir é dádiva do patrão ou do governo, a quem devemos agradecer por
nos dar um trabalho.
Somos também levados a pensar que se conseguimos comprar geladeira,
micro-ondas, televisão de plasma, celular, computador, I-pad, um tênis
importado, uma roupa da moda, uma moto ou um carro, viramos “classe
média”. Aí ralamos um pouco mais, conseguimos um crédito no FIES,
fazemos uma faculdade paga à noite e por esse caminho do esforço
individual vamos subir na vida e, quem sabe, até virar patrão ou patroa.
Esse pensamento é muito comum, mas é falso. Essa ideia esconde a
verdade da exploração. É que ela fica bem escondida atrás das
mercadorias, do lucro e da grande propriedade dos patrões: industriais,
banqueiros, ruralistas, comerciantes e do Estado e governos que os
protegem. Mas, quando desvendamos esse esconderijo e descobrimos a
verdade, sentimos toda injustiça do mundo e nos indignamos.
A exploração dos trabalhadores na ponta do lápis
Vamos tomar um exemplo de um operário ou operária da Vale, uma das maiores empresas de mineração do mundo, mas que pode ser aplicado em qualquer fábrica. A Vale que já foi uma estatal brasileira, hoje é uma empresa privada, com maioria dos acionistas estrangeiros. Possui em todo o mundo 83.286 funcionários diretos, dos quais 13% são mulheres.
Vamos tomar um exemplo de um operário ou operária da Vale, uma das maiores empresas de mineração do mundo, mas que pode ser aplicado em qualquer fábrica. A Vale que já foi uma estatal brasileira, hoje é uma empresa privada, com maioria dos acionistas estrangeiros. Possui em todo o mundo 83.286 funcionários diretos, dos quais 13% são mulheres.
Dessa montanha de riqueza produzida pelo trabalho dos trabalhadores, já
descontados seus salários, o patrão paga uma parte ao banco, outra em
impostos e outra na reposição de matérias primas e manutenção da
empresa. O restante ele embolsa ou investe em mais exploração. Então,
toda riqueza do patrão e até os impostos que ele paga, é o trabalhador
que garante com seu trabalho. Da mesma maneira, toda riqueza que o país
produz, são os trabalhadores que produzem.
A necessidade de um governo dos trabalhadores sem patrões
No final das contas, depois de produzir toda riqueza, mais de 90% dela
vai para o bolso dos patrões, dos banqueiros e do governo.
Um exemplo possível de ser dado é juntando a produção das 290 maiores
empresas do Brasil em 2011. Elas faturaram R$ 1,2 trilhões de reais,
representando 27% de toda riqueza produzida no Brasil neste ano. Os
patrões e banqueiros ficaram com 72% da riqueza, o governo com 19% e os
trabalhadores com apenas 9%.
2012 – Em base a 290 maiores empresas
que forneceram dados de salários e
encargos – elaboração ILAESE
Os interesses do trabalhador e do patrão são inconciliáveis: o patrão
luta para aumentar seus rendimentos com mais exploração. O trabalhador
faz greve para aumentar seus salários, seus direitos, contra o
desemprego e um sem fim de injustiças. É uma guerra de classes que só
terá fim com o socialismo. Um sistema de igualdade, sem patrão e sem
exploração.
O governo do PT diz que governa para todos, que concilia os interesses
dos patrões com o dos trabalhadores. Mas isso não é verdade, um punhado
de banqueiros, acionistas de multinacionais, industriais, ruralistas,
empreiteiras e donos de supermercados levam o grosso da riqueza. Só um
governo dos trabalhadores, sem patrões, apoiado na classe trabalhadora
unida, consciente e mobilizada pode garantir que o fruto do nosso
trabalho seja revertido para acabar com a desigualdade social e garantir
uma vida digna para a maioria explorada e oprimida.